WTorre, administradora de estádio do Verdão, está na mira da Lava Jato

Walter Torre, dono da empresa, teria aceitado propina para deixar licitação da Petrobras e tem condução coercitiva pedida pelo juiz Sergio Moro

Walter Torre
Walter Torre ao lado de Marco Polo del Nero (Foto: Divulgação)

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Empresa responsável pela construção do Allianz Parque e parceira do Palmeiras no estádio, a WTorre virou alvo da Operação Abismo, como foi batizada a 31ª fase da Lava Jato.  

Nesta segunda, o juiz Sérgio Moro determinou a condução coercitiva do empresário Walter Torre Júnior, presidente da empreiteira, além de buscas na sede da empresa.

Torre só não foi prestar esclarecimentos à Polícia Federal nesta segunda-feira por está fora do país, segundo o "Valor".

O motivo é que a investigação leva as autoridades a crerem que a WTorre teria recebido R$ 18 milhões em propinas para deixar a licitação do Centro de Pesquisas da Petrobras.

A WTorre, de acordo com a Polícia Federal e a Procuradoria da República, apresentou R$ 858 milhões como proposta no processo de licitação, cerca de R$ 40 milhões a menos que a concorrência, o Consórcio Novo Cenpes.

Mas José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, dirigente da OAS, teria acertado a propina com Walter Torre com a finalidade de que não houvesse renegociação da proposta com a Petrobras, permitindo que o Consórcio Novo Cenpes o fizesse e ficasse em vantagem.

Em nota, o Grupo WTorre afirma que a empresa não teve participação na obra de expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras; que não recebeu ou pagou a agente público ou privado nenhum valor referente a esta ou a qualquer outra obra pública. O Grupo WTorre forneceu a documentação referente ao orçamento desta licitação que ainda se encontrava na empresa e segue à disposição das autoridades.

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