Apoio, preparação e inexperiência: os prós e contras para efetivar Valentim

Auxiliar ganha força para tornar-se oficialmente o substituto de Cuca no ano que vem, mas clube ainda avalia opções. LANCE! lista o que pode motivar a decisão da diretoria

Alberto Valentim ganha força para ficar no Palmeiras
Cesar Greco

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A renovação de Mano Menezes com o Cruzeiro abriu caminho para Alberto Valentim ser efetivado no Palmeiras - os jogadores e parte da torcida já se mostram favoráveis à ideia. A diretoria, contudo, ainda avalia as opções no mercado e deve tomar a decisão mais perto do fim do ano.

O LANCE! lista abaixo quais são os prós e os contras para a permanência do técnico interino, que vem de duas vitórias seguidas no Brasileiro. Ele deve seguir no cargo, pelo menos, nas nove rodadas finais do campeonato. 

PRÓS

- Apoio do elenco e torcida: Os jogadores quando perguntados sempre mostram a vontade de continuar com Alberto no ano que vem. A sua forma de relacionamento com o grupo é considerada um dos pontos altos do membro da comissão técnica fixa do Palmeiras. Os primeiros resultados animaram: duas vitórias seguras, contra times que lutam para não cair. Os torcedores, também, têm mostrado apoio ao interino. Em uma pesquisa feita pela reportagem nas redes sociais, 95% dos palmeirenses pediram sua efetivação.

- Preparação: Alberto diz que está pronto para treinar qualquer equipe. Aposentado em 2010, ele é auxiliar desde 2012, quando começou a desempenhar a função no Atlético-PR. No Palmeiras, trabalhou com Gilson Kleina, Ricardo Gareca, Dorival Júnior, Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira e Cuca. Antes de voltar ao Verdão, em maio, passou um mês na Itália acompanhando o dia a dia de Udinese e Roma - no último time, teve relação mais próxima com um dos treinadores que mais gosta, Luciano Spaletti. Com Cuca, tinha muita liberdade tanto na participação em treinos, quanto na troca de ideias sobre o time. Com tudo isso, Valentim é visto por aqueles que o acompanham mais de perto como alguém que se preparou para ser técnico. 

- Mercado: Mano Menezes era o principal nome da diretoria e tinha a seu favor o fato de o contrato com o Cruzeiro acabar em dezembro. Com a renovação, as boas opções disponíveis no mercado são escassas. Antes de trazer Eduardo Baptista, em 2016, Alexandre Mattos desejou Roger Machado, mas ele foi demitido do Atlético-MG em julho, após um trabalho decepcionante. Não há, neste momento, alguém que possa ser uma sombra, como aconteceu com Eduardo, enquanto Cuca tirava alguns meses fora do futebol.

CONTRAS

- Inexperiência: Até agora, Valentim teve apenas um trabalho como técnico na carreira, quando assumiu o Red Bull no Campeonato Paulista. E o resultado não foi bom: eliminado na primeira fase e sem o título do Troféu do Interior. Em 15 jogos, foram quatro vitórias, quatro empates e sete derrotas. Depois de disputar o Estadual, Alberto deixou o clube "em comum acordo" - o contrato era de uma temporada. 

- Pressão em 2018: Neste ano, esperava-se muito do Palmeiras, mas os resultados não vieram, tanto que dois treinadores perderam o emprego: Eduardo Baptista e Cuca. Para a próxima temporada, há o entendimento no clube de que a cobrança por uma taça será ainda maior, caso de fato termine 2017 em branco. Neste cenário, não ter um comandante mais "cascudo" é algo que deixa a cúpula do clube ainda em dúvida.

- Pouco tempo para efetivar: Foram duas boas vitórias, demonstrações de melhora do time, mas Alberto tem apenas uma semana como interino. Ou seja, ainda é cedo demais para que a diretoria tome a decisão de efetivá-lo, ou não. Ele terá esta reta final de Brasileiro para provar seu valor, enquanto o Palmeiras avalia outras opções e o próprio trabalho de seu funcionário. Neste momento, a tendência é de que a escolha do técnico para 2018 seja feita só em dezembro.

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