Itália suspende 26 no atletismo após violação de regras no antidoping

Atletas pegam dois anos de suspensão e não deverão defender mais a seleção italiana. Medalhista olímpico está entre os envolvidos

Fabrizio Donato, medalhista de bronze na Olimpíada de Londres-2012 no salto triplo
Fabrizio Donato é um dos nomes mais famosos entre os atletas suspensos (Foto: Colombo/FIDAL)

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A relação obscura entre doping e atletismo voltou à tona nesta quarta-feira no cenário internacional. Desta vez o palco é a Itália, que suspendeu 26 atletas da modalidade por burlarem o sistema de controle de dopagem.

Em nota oficial, a Agência Nacional Antidoping local (NADO Italia) divulgou que todos os competidores pegaram uma pena de dois anos. As suspensões foram baseadas em dois artigos do Código Mundial Antidopagem: o 2.3 (se evadir ou se recusar a realizar um teste) e o 2.4 (falha em cumprir as determinações do programa Whereabouts, em que os atletas precisam informar horários e locais em que podem ser encontrados para exames surpresa). 

O anúncio da NADO, no entanto, não detalha a data de início e término das suspensões de cada atleta, e também não aprofunda quais teriam sido as violações cometidas por cada um dos 26 suspensos.

A decisão foi tomada após uma investigação no país intitulada Olympia, e liderada pela Procuradoria da República da cidade de Bolzano. Além dos 26 suspensos, outros 39 atletas também fizeram parte do inquérito, mas acabaram absolvidos.

Entre os nomes mais conhecidos entre os punidos está Fabrizio Donato, medalhista de bronze na Olimpíada de Londres-2012 no salto triplo. Também faz parte da lista negra italiana Andrew Howe, americano naturalizado e que foi vice-campeão mundial no salto em distância em Osaka-2007. 

De acordo com a Federação Italiana de Atletismo, todos os atletas serão proibidos de defender a seleção local em competições depois que a pena terminar.

A notícia é mais um golpe na credibilidade do atletismo mundial. A Rússia está suspensa de competições internacionais por montar um esquema de violação ao combate ao doping, que contou com autoridades importantes do esporte local. Além disso, o ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, foi preso no mês passado por ser acusado de envolvimento com corrupção.




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