O que fica de marcante na suada vitória do Botafogo no Paraguai
Equipe alvinegra vê o Sol de América desperdiçar um pênalti no primeiro tempo, mas, com sofrimento e um jogador a mais em boa parte do jogo, venceu por 1 a 0, em Villa Elisa
O Botafogo foi até o Paraguai com a missão de abrir vantagem pela segunda fase da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, contra o modesto Sol de América, não houve um placar elástico, porém a vitória por 1 a 0 também pode ser considerada importante.
Erik foi quem marcou o gol e um dos importantes fatores que ajudam a contar a história do duelo no acanhado estádio Luis Alfonso Giagni, que recebeu com cerca de 3 mil torcedores. Confira cinco destaques abaixo:
PARECIA O JOGO DE DOMINGO
O Botafogo foi para campo com duas alterações em relação ao jogo contra o Goiás: entraram Leo Valencia e Gilson, nas vagas de Bochecha e Jonathan, respectivamente. Com a entrada do chileno, Cícero ficou responsável por ser o primeiro homem na saída de bola, com apenas dois meio-campistas ao seu lado: João Paulo e Alex Santana.
Em tese, era para a equipe ganhar em verticalidade e dinâmica. Ficou na teoria no início, já que o Sol adiantou as linhas de marcação, assim como fez o Goiás no último domingo, e passou a ganhar terreno, principalmente pelo lado esquerdo do ataque. O Bota teve imensa dificuldade para soltar o seu jogo.
FALTAVA VERTICALIDADE
Com dois jogadores abertos no ataque, a tendência era que o Botafogo tivesse verticalidade na direita, com Erik, e um jogo mais apoiado com Leo Valencia, na esquerda. No entanto, o time de Eduardo Barroca ficou emperrado no primeiro tempo, ainda mais com Diego Souza pouco participativo.
Aliás, foi dos pés de Diego que surgiu a melhor oportunidade do Botafogo nos primeiros 45 minutos. Na reta final, antes do intervalo e depois de Clar ter perdido pênalti, o Alvinegro ao menos conseguiu rodar melhor a bola por conta de ter ficado com um jogador a mais - Pardo foi expulso com 32 minutos.
LATERAIS ERAM IMPORTANTES
Com vantagem numérica, era esperado que os laterais fossem mais ativos no ataque. Não era isso que vinha se apresentando, com Fernando e Gilson poucos participativos, até a casa dos 25 minutos da etapa final.
Não deu outra quando Gilson passou a ser mais acionado. O lateral-esquerdo fez boa trama com Luiz Fernando e Bochecha, que haviam acabado de entrar, e cruzou com perigo. No rebote, Erik mandou para a rede.
A ESTRELA DE ERIK
Por falar em Erik, o camisa 11 não quis que a sua estrela fosse ofuscada diante do Sol. Trocadilho à parte, o meia-atacante martelou até conseguir chegar a sua quarta marca na Sul-Americana, competição na qual lidera na artilharia.
Erik foi o principal jogador da equipe alvinegra, o mais incisivo e quem mais batalhou quando houve pressão dos mandantes na reta final. O prêmio com um gol de tamanha importância foi justo.
PRESSÃO DESNECESSÁRIA
Já para os minutos derradeiros, Eduardo Barroca promoveu a entrada de Jean para segurar o resultado. Mas a mexida não aparentava ser necessária, tendo em vista que o Botafogo tinha um jogador a mais e administrava com folga a vantagem no marcador.
No lance seguinte, de maneira inacreditável, Jean foi expulso de campo em sua primeira participação com Barroca. Assim, o Sol se atirou ao ataque, elevou a pressão, mas Gatito não foi obrigado a sujar o uniforme. O sofrimento, no entanto, quase pesou, sobretudo pela fragilidade do clube paraguaio. Agora, o reencontro será na próxima quarta, no Nilton Santos, também às 19h15.