Quantas vezes a Inter de Milão já ganhou a Champions League? Veja número de títulos

Time italiano está novamente na decisão da Liga dos Campeões, desta vez contra o Manchester City

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Inter de Milão de Lautaro está novamente na final da Champions League (Foto: MARCO BERTORELLO / AFP)

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Chegou o dia! A Inter de Milão enfrenta o Manchester City neste sábado pela final da Champions League. Ao contrário do adversário, que nunca conquistou a taça, a Internazionale já ganhou o torneio em três ocasiões: 1963/64, 1964/65 e 2009/10. Ou seja, o clube italiano é tricampeão da Liga dos Campeões.

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Apesar do favoritismo do Manchester City, a Inter tem uma camisa muito pesada e também chega forte para a decisão. Quem vai levantar o caneco no sábado? A conferir!

TRAJETÓRIA COMPLICADA
Na Champions de 2009-10, as complicações para a Inter tiveram início logo no primeiro sorteio. Pela frente, os atuais campeões da competição: o Barcelona de Pep Guardiola. O Rubin Kazan e o Dínamo de Kiev completaram o grupo F. A equipe italiana terminou na segunda colocação, não conseguindo vencer o Barça em nenhuma das duas ocasiões. O destino, porém, ajudaria os comandados do "Special One" José Mourinho um pouco mais à frente.

Antes, nas oitavas, os Nerazzurri teriam um difícil confronto com o Chelsea, mas conseguiram duas vitórias. O roteiro se repetiu contra o CSKA Moscou, nas quartas, com dois triunfos pelo placar mínimo. Nas semifinais, Mourinho e Guardiola se reencontrariam em um grande duelo. No Giuseppe Meazza, o português doutrinou e conseguiu vencer por 3 a 1. No Camp Nou, os catalães venceram por 1 a 0, mas não conseguiram tirar a vaga das mãos dos italianos, que celebraram na Espanha.

SEM FACILIDADE
A Inter chegou à final da Champions em 2010 com as mesmas condições da temporada atual: vencendo a Copa da Itália, mas sem repetir as mesmas atuações no Italiano, se contentando com uma vaga no G4. Pela frente, teria o Bayern de Munique, que sonhava em findar um jejum de quase uma década sem a Orelhuda. Tendo eliminado Fiorentina, Manchester United e Lyon para chegar à final, os bávaros tinham condição de favorito contra um time que não sabia o que era chegar a uma final de Champions havia quatro décadas.

O Bayern do holandês Louis van Gaal entrou em campo com: Butt; Lahm, Van Buyten, Demichelis e Badstuber; Van Bommel e Schweinsteiger; Robben, Müller e Altintop; Ivica Olic. A formação da Inter de Mourinho era: Júlio César; Maicon, Lúcio, Zanetti e Chivu; Zanetti, Cambiasso e Sneijder; Eto'o, Milito e Pandev.

COMEÇO EQUILIBRADO
O primeiro lance de perigo do jogo foi do Bayern. Pela direita, Robben fez linda jogada individual, limpando a marcação de dois jogadores, e tocou para trás. Olic ganhou da marcação, mas bateu desequilibrado de perna direita e errou o alvo. A Inter responderia minutos depois, e de longe. Pandev sofreu falta ainda na intermediária, cometida por Van Bommel. Sneijder foi para a cobrança e arriscou a finalização; Altintop tentou cortar de cabeça e só acelerou a bola para trás, mas Butt conseguiu reagir rápido e espalmar para o lado.

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Robben novamente ofereceria perigo por parte dos alemães na primeira etapa. O ainda jovem Thomas Müller recebeu bola pelo alto na entrada da área e tentou um drible. O brasileiro Lúcio ergueu o pé e tirou a bola de seu controle, empurrando para o holandês, que acertou bela finta de corpo em Chivu e tentou emendar, mas isolou.

O PRÍNCIPE ABRE A CONTAGEM
O primeiro golpe dos italianos viria aos 35 minutos. Em chutão do goleiro Júlio César de perna esquerda, a bola caiu no campo ofensivo na direção de Diego Milito, que testou para o lado. Sneijder dominou e viu o giro do centroavante argentino sobre a marcação, achando um passe açucarado. Milito dominou, atrasou a passada, viu a marcação chegando e bateu com o bico da chuteira, no alto, sem chances para o arqueiro Butt. O herói da final dava seu primeiro passo rumo à imortalidade.

Ainda na metade inicial, o presente seria devolvido. Milito conduziu a bola pela esquerda e achou a entrada do meia holandês no centro da zaga. O passe foi milimétrico, mas a finalização acabou saindo nos pés do goleiro bávaro. Na segunda etapa, foi a vez do Bayern perder grande chance da mesma forma. Altintop recebeu pelo meio com a defesa italiana aberta e achou a entrada de Müller pela direita. O camisa 25 bateu forte, mas Júlio César deixou a perna esquerda no contrapé e salvou.

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A válvula de escape do Bayern era pelo lado direito com Robben. O camisa 11 não fugia da responsabilidade e arriscou linda jogada passando pelo meio de dois adversários, sendo parado com falta lateral de Chivu. O próprio Robben foi para a cobrança e bateu forte na direção do gol. Milito tentou cortar, a bola bateu em Van Buyten e sobrou na área para Müller, que emendou de direita. A bola tinha endereço, mas Cambiasso saltou e cortou de cabeça. Minutos depois, o holandês novamente foi acionado, encarou a marcação e bateu colocado, para voo e grande defesa de Júlio César.

SÚDITOS DE UM NOVO REI
Aos 25 minutos, o golpe de misericórdia de um príncipe que se tornou rei. Milito recebeu pela esquerda ofensiva em contra-ataque. Eto'o passou dando opção pelo meio, mas o dia era do argentino. Diego encarou a marcação de Van Buyten, limpou para a direita e rapidamente voltou para a perna esquerda, entortando o defensor neerlandês. Com espaço pela frente, o atacante ainda teve tempo de trazer novamente para o pé direito e tirar de Butt, fechando o caixão de um Bayern que se tornaria inofensivo nos minutos seguintes e se deu por vencido. Triunfo de Mourinho em um Bernabéu que viria a ser seu palco na temporada seguinte, quando assumiu o Real Madrid de Cristiano Ronaldo.

Treze anos depois, a Inter volta a uma final de Champions enfrentando o Manchester City no Olímpico de Atatürk. Com Simone Inzaghi à frente da equipe, os novamente azarões de uma decisão entram em campo às 16h buscando o quarto título em sua história.

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