Colunistas do L! analisam desempenho de Eduardo Baptista

Comandante do Fluminense tem um aproveitamento de apenas 33% desde que assumiu como treinador na temporada passada

Eduardo Baptista testou opções para ausências que deve ter contra o Atlético-PR (Foto: Wagner Meier / LANCE!Press)
Eduardo Baptista testou opções para ausências que deve ter contra o Atlético-PR (Foto: Wagner Meier / LANCE!Press)

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O técnico Eduardo Baptista não consegue engrenar uma longa sequência positiva desde que chegou ao Fluminense no segundo semestre do ano passado. Até o momento, o comandante tricolor tem apenas 33% de aproveitamento, com cinco vitórias em 19 jogos.

O LANCE! ouviu três colunistas para saber por qual motivo Eduardo não conseguiu repetir de início o sucesso que teve no Sport e se ele pode ficar pressionado caso não consiga uma sequência consistente. Confira abaixo.


ROBERTO ASSAF
O retrospecto de Eduardo Baptista no Fluminense é de fato irregular. Mas talvez seja injusto afirmar que o treinador é o grande culpado. Afinal, a queda do Tricolor no Brasileiro começou com seu antecessor, Enderson Moreira, tanto que este acabou sendo substituído. Parece que há sobretudo a responsabilidade de todos os envolvidos na questão – cartolas, comissão técnica e jogadores.

O clube não encaixa no time, que não se adapta a que o comanda no campo, que também não se ajusta ao coletivo, ou seja, não se forma um consenso, daí o saldo de 10 derrotas em 20 jogos. Os dirigentes afirmaram que a pré-temporada do Fluminense seria a ideal, e que haviam pulado na frente dos rivais no quesito contratação de reforços, mas parece que ficaram – desde 2015 – mais preocupados com a tal Liga Rio-Sul-Minas, que não leva a lugar algum, e o fato é que a equipe, após quase cinco meses sob a direção de Eduardo Baptista não acertou o passo.

O ano de 2016 começou em meados de janeiro e ainda há tempo para o treinador pôr enfim seus conceitos em prática. Mas é fato que quase tudo nas Laranjeiras está demorando muito para acontecer. E que novos fracassos cairão, é evidente, no colo de quem tem efetivamente a missão de organizá-lo, pouco importando o que se passa em torno dele, dentro e fora do campo.

O Fluminense é grande demais e a pressão, na Laranjeiras, tem limite. Como dito, no entanto, há que se questionar o conjunto da obra. 

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Eduardo Baptista fez um bom trabalho no Sport, deixou o time pernambucano dizendo que dirigir o Fluminense era a oportunidade da sua vida, mas até agora não conseguiu se impor diante dos jogadores, da torcida e da própria diretoria. Talvez, inclusive, por ter chegado com essa mentalidade de ter que provar alguma coisa (ou muita coisa, no caso).

Sua inexperiência acaba pesando contra, o time, que vinha arrebentado no ano passado também não ajudou, e até agora não vi um padrão de jogo do Fluminense.

Capacidade ele tem, pelo menos mostrou isso em Recife, mas precisa de mais pulso firme no Fluminense e a torcida e a diretoria deveriam ter paciência com seu trabalho, o que no futebol brasileiro, principalmente, é algo raro.

ALVARO OLIVEIRA FILHO
Um dos grandes erros de Eduardo Baptista no comando do Fluminense é não conseguir armar uma formação na qual tire o melhor dos seus jogadores. De certo modo, o modelo dele vem até sacrificando alguns jogadores de qualidade.

O caso de Cícero é o mais evidente deles. O meia deixou de ser um dos melhores finalizadores da equipe e, hoje, atua de maneira recuada, subindo ao ataque menos até que o Edson.

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