Futebol pune o Vitória contra o Inter e estraga estreia ‘ideal’ de Carille
Rubro-Negro sofre gol de Bruno Tabata aos 47 minutos do segundo tempo

- Matéria
- Mais Notícias
Fábio Carille tinha tudo para estrear com pé direito pelo Vitória, ou ao menos não estrear com o esquerdo. O treinador promoveu mudanças na escalação e o time respondeu bem dentro de campo para anular as principais jogadas do Internacional e fechar o espaços. Se era difícil vencer, o empate no Beira-Rio estava de bom tamanho, mas, depois de perder chances, o Rubro-Negro foi "punido pelo futebol" e sofreu gol aos 47 minutos do segundo tempo, que selou a vitória colorada por 1 a 0, pela 13ª rodada do Brasileirão.
Relacionadas
✅ Clique aqui e siga o canal do Leão no WhatsApp para ficar por dentro das últimas notícias
Com perfil conhecido por ser um treinador mais defensivo, Carille mudou o esquema de três zagueiros escalado por Thiago Carpini contra o Confiança e foi a campo com quatro defensores e quatro meio-campistas para povoar o setor, sendo três deles volantes. Com muita disciplina defensiva, o Vitória segurou bem o Internacional, que arriscava de longe, sem muito sucesso, e só levou perigo aos 39 minutos, em jogada individual de Alan Patrick, que achou bem Wesley na área, mas o atacante mandou por cima do gol.
A escalação inicial do Vitória foi a seguinte: Lucas Arcanjo; Raúl Cáceres, Lucas Halter, Zé Marcos e Maykon Jesus; Willian Oliveira, Baralhas, Ronald e Matheuzinho; Lucas Braga e Renato Kayzer.

Lucas Braga, que estava mais aberto pela esquerda, e Ronald, pela direita, participaram a todo momento da marcação e foram combativos, em especial o volante rubro-negro, que anulou várias jogadas pelo lado direito. Outro que merece menção é o lateral-esquerdo Maykon Jesus, de 19 anos, que assumiu a responsabilidade e fez um jogo seguro - até os 47 minutos do segundo tempo.
Mesmo com a defesa sólida, o Vitória teve pouca capacidade de criação no primeiro tempo e desperdiçou a melhor chance, aos 18 minutos, com Willian Oliveira, que aproveitou jogada pela direita chutou para fora a poucos metros do gol.
— Muitas coisas precisam melhorar. Por outro lado, quero parabenizar os atletas pela entrega. Era algo que se dizia nos últimos jogos: que o time não estava competindo. E o futebol, hoje, exige competição o tempo todo. Acabamos de ver isso no Mundial de Clubes. Não dá mais para ser diferente — destacou Carille durante entrevista coletiva.
Segundo tempo mais aberto para o Vitória
O Vitória manteve a postura no segundo tempo e segurou bem o ímpeto do Internacional, que desacelerou ao longo da partida. A equipe rubro-negra, por outro lado, investia em escapadas com Matheuzinho, que voltou a jogar bem, e em descidas pelos lados, principalmente na esquerda com Maykon Jesus.
Foi assim que o Rubro-Negro criou sua melhor chance aos 27 minutos, mas Lucas Braga se embolou depois de dividida na área e Renzo López foi travado ao finalizar na sobra. O uruguaio entrou no segundo tempo e também estreou com a camisa vermelha e preta. Além dessa oportunidade, ele teve outra chance aos 39 minutos, para grande defesa de Rochet.

Mudanças de Carille no segundo tempo:
- Renzo López entra no lugar de Renato Kayzer;
- Osvaldo entra no lugar de Ronald;
- Pepê substitui Lucas Braga.
Os comandados de Carille no Vitória conseguiram anular o Inter e encontraram boas escapadas, a exemplo da jogada criada por Maykon Jesus nos acréscimos que terminou em nova intervenção do goleiro colorado.
Mas o futebol pune. Um dos motivos que fazem esse esporte ser tão apaixonante é a imprevisibilidade. E, aos 47 da etapa final, Maykon Jesus, que fez um bom jogo, vacilou na saída de bola e permitiu cruzamento de Enner Valencia pela direita. Baralhas só conseguiu afastar parcialmente e entregou a bola nos pés de Bruno Tabata, que acertou um chute único para o Inter na partida, no ângulo, sem a mínima chance para Lucas Arcanjo.

No fim, 1 a 0 Inter para a festa da torcida no Beira-Rio, que vê o time sair da zona de rebaixamento e chegar aos 14 pontos. O Vitória, por sua vez, fica com a indesejada vaga dos gaúchos no Z-4. Para Carille, essa é a prova de que, além dos fatores técnicos, o Vitória precisa ter competência para aproveitar as raras chances que cria e também um pouco de sorte. Nunca é demais para quem deve brigar o campeonato inteiro contra o rebaixamento.
Tudo sobre
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias