Zé Ricardo cita arrancada do Vasco em 2017 e busca recuperar confiança da base: ‘É meu modelo de trabalho’

Técnico relembrou os fatores que fizeram com que o Cruz-Maltino evoluísse em sua primeira passagem. Ele destacou as melhorias no ambiente, que refletiram em campo

Zé Ricardo, Carlos Brazil e Jorge Salgado - Vasco
Zé Ricardo disse que a comissão técnica estará mais próxima dos atletas do Vasco em 2022 (Rafael Ribeiro / Vasco)

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Nas últimas temporadas, a base do Vasco foi utilizada, muitas das vezes, como solução. Algo que afeta diretamente no psicológico de meninos em formação e que atrapalha o rendimento de cada um deles em campo. O clube sabe que enfrenta problemas financeiros, mas Zé Ricardo acredita que para repetir a campanha de 2017, é preciso ter equilíbrio e um ambiente adequado para que esses jovens tenham bom desenvolvimento técnico, tático e mental.

Em sua apresentação, na última quarta, o técnico relembrou que em 2017, o clube também enfrentava problemas semelhantes extracampo. Porém, antes de um estilo de jogo, o bom ambiente foi decisivo para conquistar a vaga na Libertadores. Ele pontuou que é preciso reconquistar a confiança dos atletas e dos meninos da base e frisou a importância de ter os salários em dia.

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- Quando falamos de modelo de jogo vai muito além das quatro linhas. Muita coisa que o presidente e o Carlos Brazil falaram tem a ver com modelo de jogo. Eu costumo buscar primeiro construir e transformar o bom ambiente em que trabalhamos. Foi assim 2017, quando nós tínhamos muitas dificuldades, problemas até semelhantes aos que temos agora, mas foi construído um ambiente que fez o Vasco sair de uma situação incômoda para uma Pré-Libertadores. Chegamos na liderança do returno e depois confirmamos a vaga. Isso com a dificuldade e os problemas que acompanham o clube há 20, 30 anos - analisou comandante, antes de completar:

- É o meu modelo de trabalho, o que me faz entender que pode ser diferente. Respeito todos os profissionais que passaram aqui, todos têm competência. Hoje temos profissionais na equipe técnica e a seriedade do presidente para realizar o que queremos e um bom ambiente. É fundamental que a gente consiga ter os salários em dia e manter a chama acesa, que os atletas estejam respaldados pela direção. Brazil foi feliz ao dizer que teremos uma comissão presente e o atleta precisa disso. E a gente se preocupa de trabalhar para o atleta render o seu melhor. Se tiver problema fora de campo não irá render. O Vasco não pode novamente cometer esse erro. Tem que dar tranquilidade para atletas e corpo técnico para fazer o trabalho - Zé Ricardo

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Ao analisar a base cruz-maltina, o comandante ressaltou a importância da questão psicológica. Ele também afirmou que irá acompanhar a Copinha - o Vasco estreia no próximo dia 5. Em 2017, Evander e Paulinho, meninos da Colina, tiveram destaque na campanha, e Zé Ricardo tenta repetir o sucesso.

Para ele, o psicológico da base foi fragilizado em 2021. Nomes como Riquelme, Matías Galarza, Bruno Gomes, MT, Juninho, Lucão e Gabriel Pec têm condições de ajudar a equipe, mas não podem ser jogados no fogo. Com isso, o clube tem a ideia de trazer jogadores mais experientes para dar suporte aos meninos. Um exemplo é a chegada de Edimar na lateral para ajudar o talentoso Riquelme, que pode até atuar mais à frente.

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- Falar dos meninos do Vasco. Existem vários nomes importantes que fizeram campanhas e boa temporada no Sub-20. Contamos com eles. Tem que ter muito cuidado ao falar deles, pois cada um tem o seu ritmo. O preparo técnico e tático deles ainda está em formação, mas principalmente o aspecto psicológico. Muitos absorvem bem as críticas, outros não. Esse ano sabemos que foi difícil, muitos estão com falta de confiança, o que interfere em campo - explicou, e falou da Copinha:

- Iremos acompanhar a Copinha. Alguns atletas como o Andrey (Santos) irá disputar. Disputei duas Copas São Paulo como treinador. É uma competição extremamente importante na formação de um atleta, completa. Dos atletas que têm idade para jogar, a minha ideia sempre foi fazer com que eles jogassem e após isso a gente incorporar aqueles que a gente acha que deva no profissional. O mais importante é dar confiança com a chegada de atletas mais experientes. Outros que a gente percebe que tem condições técnicas e táticas para jogar, colocar em campo - completou, e finalizou:

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- Não tenho medo de colocar garoto pra jogar. Isso é uma rotina para todos nós e para o Vasco muito mais. Iremos analisar cada caso, o individual do atleta conta bastante para que no coletivo chegue ao seu melhor. Não é uma equação exata, que o que fizer e der certo com um dará com outro. Mas acredito que o Vasco vai, nesta temporada, ter atleta jovens, como sempre teve, como protagonistas e até como coadjuvantes em seu elenco - finalizou.

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