Retrospectiva Vasco: Ramon sofre com lesões e vira ponto fraco do time

Lateral sofreu com lesão no ligamento nos dois joelhos e atuou em apenas 21 jogos da temporada. Com baixo rendimento em campo, destacou-se pela liderança na reta final

Ramon - Vasco
Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

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Se tem um jogador que sofreu com lesões e frustrações nos últimos 12 meses no elenco vascaíno, este é Ramon. O lateral, que tem o prestígio da torcida, diretoria e treinador, jogou apenas 21 jogos na temporada e não conseguiu atuar em bom nível por conta de problemas físicos durante o ano. Mesmo assim, teve papel fundamental na briga pela permanência na primeira divisão. O LANCE! analisa.

No planejamento da diretoria junto com Zé Ricardo, em janeiro, havia necessidade de um terceiro lateral-esquerdo no elenco. Afinal, já lesionado, Ramon só tinha previsão de volta para depois do Carioca. Henrique era o reserva imediato e Fabrício foi contratado para disputar posição. Os dois sofreram com as críticas da torcida, que esperava pela volta do jogador campeão da Copa do Brasil pelo clube em 2011. E a espera valeu.

Depois de Fabrício e Henrique saírem como 'culpados' pela derrota na final do Carioca, Ramon se aproximou do retorno para alegria dos vascaínos. Estreou no ano contra o Paraná, pela 8ª rodada do Brasileirão, por apenas alguns minutos. Alguns jogos depois, ainda sem condições de atuar por 90 minutos, saiu do banco e marcou o gol da vitória contra o Sport em jogo tenso, na estreia do técnico Jorginho. Até que veio a parada da Copa do Mundo.

Na intertemporada, o camisa 27 voltou a ser titular absoluto e um dos pilares do time de Jorginho - e depois de Alberto Valentim. O desempenho em campo demorou para evoluir, mas, pela carência na posição, não teve a titularidade ameaçada. Sem velocidade para fazer a diferença no ataque, teve boas atuações defensivas que amenizaram os problemas no setor. Mais que isso: quando o rumo da temporada começou a desandar, Ramon chamou a responsabilidade, assumiu a braçadeira de capitão e deu novo ânimo para o time fora de campo. Constantemente dava declarações à imprensa para acalmar os torcedores e garantir a luta intensa contra o rebaixamento.

Acumulou alguns problemas musculares no segundo semestre, por conta do retorno de lesão grave do ligamento cruzado, em outubro de 2017. A recuperação é longa e, até voltar ao melhor nível, demora. E foi no momento mais importante de 2018 que, mais uma vez, o jogador sofreu a ruptura do ligamento cruzado anterior, desta vez no joelho esquerdo. Fim da linha para o atleta nos últimos quatro jogos do Brasileirão. Mesmo sem condições de atuar, esteve no vestiário e passou força aos companheiros, passando experiência fazendo seu papel como capitão da equipe.

SOBE
A liderança em momentos difíceis fora de campo, certamente, fizeram a diferença para os rumos do Vasco no Brasileirão. Ramon assumiu a braçadeira de capitão e fez o time se unir em prol do clube. No jogo contra o Cruzeiro, por exemplo, pediu para Valentim não substituir Fabrício e o mesmo foi decisivo para vitória em São Januário minutos depois.

DESCE
Principalmente por questões físicas, apresentou um nível técnico abaixo do que o torcedor vascaíno está acostumado. Foram apenas 21 partidas no ano, apenas 14 completos. Após duas cirurgias de ligamento em 13 meses, terá que trabalhar em dobro para voltar a jogar bem. E está fora do Carioca de 2019.

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