Quase tudo que o Vasco tentou no primeiro turno deu errado. Problemas profundos exigem mudança drástica

Cruz-Maltino vem acumulando erros e problemas em série, jogo a jogo. Talvez, a solução para um time que ainda não esteve no G4 em rodada nenhuma seja mudar radicalmente

Vasco x Londrina
Vasco mostrou mais problemas do que soluções no primeiro turno da Série B (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

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Dizer que o Vasco jogou simplesmente mal seria talvez simplista e impreciso. Mais posse de bola (54% a 46%) e mais finalizações (16 a 13) que o Londrina, mesmo que menos chutes no alvo. O mau dia de Lucão, Ricardo Graça e Cano foi determinante para a derrota para o Londrina. Só que foi mais uma. Mais uma noite em que alguma coisa fora do roteiro aconteceu. O primeiro turno acabou e o time não esteve no G4 em nenhuma rodada. Os problemas são profundos e se não forem atacados o Cruz-Maltino não conquistará o acesso.

Não conquistará simplesmente porque, até agora, não mereceu. Será uma série de coincidências ou pequenos erros que deixaram o Vasco no meio da tabela? Elenco mal montado? Os cartões vermelhos no início e mais recentemente? É muita coisa para ser obra do acaso. Mas existe uma coisa que o time de São Januário, nem com Lisca, nem com Marcelo Cabo fez de forma repetida: assumir o jogo reativo. É uma opção que o próprio treinador cogitou após a partida da última noite.

- Havia uma necessidade de ser mais impositivo (quando cheguei), atuar mais no campo do adversário. Antes de eu chegar o time foi dominado em alguns jogos, ganhou outros no sufoco, sem controlar. Eu tenho esse modelo, gosto de pressão no adversário. Fui contratado também por isso. Estamos tentando, mas quando o resultado não vem e quando não acontece o que planeja você tem que repensar - admitiu Lisca, antes de concluir:

- Hoje (quarta-feira) não fomos dominados. Eles pararam o jogo o tempo todo. Mas o que fica é a vitória do Londrina. Tenho que cumprimentar o Márcio (treinador) e os jogadores, que lutaram muito. Talvez tenhamos que baixar mais as linhas, competir mais, reagir. Tomamos muitos gols. É capital. Não foi orientação (adotar futebol ofensivo). Foi uma constatação que todos fizemos: eu, a diretoria e os jogadores, que queriam um jogo mais ofensivo. Mas, infelizmente, não estou conseguindo dar essa característica vitoriosa com esse futebol - explicou o treinador.

-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro

A reportagem do LANCE! havia questionado a Lisca se houve uma orientação sobre o modelo de jogo a ser implementado quando ele foi contratado. Seria legítimo. Exatamente por isso foi que Lisca disse não ter sido uma condição, mas uma conclusão coletiva.

Ocorre que quando atuou assim, deu certo: contra Sampaio Corrêa, Brusque e CRB. Até o momento, quase todo mundo no Vasco errou. Por isso o time está na posição em que está. Ser reativo, direto, mas eficiente pode não agradar e não dar certo agora. Mas já deu no início desta Série B.

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