Diniz exalta Rayan em classificação do Vasco, mas faz adendo: ‘Precisa equilibrar’
Técnico do Cruz-Maltino concede entrevista coletiva após vitória sobre o CSA

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Técnico do Vasco, Fernando Diniz elogiou o desempenho de Rayan na vitória por 3 a 0 sobre o CSA nesta quinta-feira (7), mas fez crítica ao jogo do atacante. Para o treinador, o jovem de 19 anos voltou a apresentar queda de rendimento no segundo tempo, após se destacar e abrir o placar para o Cruz-Maltino antes do intervalo, em partida que culminou na classificação da equipe às quartas de final da Copa do Brasil.
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— Sobre o Rayan, hoje aconteceu de novo, o primeiro tempo dele foi bem melhor que o segundo. Contra o Mirassol não, mas hoje aconteceu de novo, é uma coisa que precisa equilibrar. Ele vai para o lado de lá (do campo) e precisa se virar, sem ter ninguém orientando. E do jogo eu acho que a gente fez o primeiro tempo brilhante, e no segundo tempo a gente caiu muito mais de produção do que deveria — declarou o comandante.
Diniz voltou a enfatizar a queda de rendimento da equipe na segunda etapa, justificando por um provável relaxamento do time após abrir 3 a 0 de vantagem. Contudo, discordou que o CSA teria criado mais em São Januário em comparação ao jogo de ida, em Maceió.
— Eu não acho que o CSA no segundo tempo criou mais chances aqui do que lá. Lá eles tiveram algumas chances importantes, mais do que aqui, tanto no primeiro como no segundo tempo. O CSA hoje deu um chute no gol, foi a bola que entrou. O sistema defensivo não é a parte de trás. A gente sofreu muito mais pelas falhas de marcação dos homens da frente do que pelos homens de trás. Do jeito que a gente se propõe a marcar alto, se a gente marcar mal lá na frente, deixar o meio aberto, não jogar compactado, os volantes não serem agressivos na marcação, quando a bola passar aí, vai pegar a linha de quatro no fundo, e ela vai nos salvar — explicou o técnico.
— No segundo tempo, a queda de rendimento muito provavelmente aconteceu por ter 3x0 e ter tido um relaxamento que não deve ter. Se você fosse falar assim em poucas palavras, é um relaxamento que as pessoas podem achar natural, mas não é para ter relaxamento natural. É para a equipe manter o ritmo, porque de repente toma um gol, aquela bola de falta entra e a gente vai ficar como até o final do jogo? A gente tem que manter o padrão no nível máximo dos dois tempos. Isso é o que a gente tem que melhorar. Em relação à bola parada, uma desatenção. Isso é uma coisa que acontece em todos os times que estão tendo muito volume ofensivo e está sendo pouco exigido na defesa, a defesa fica um pouco fria no jogo. Isso não acontece só com o Vasco, acontece em muitos os times — completou.
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Outras respostas de Fernando Diniz após Vasco x CSA
Vegetti e volume ofensivo
— O Vegetti não atrapalha, ele ajuda o time. Não é só força ofensiva, ele é um grande artilheiro. Hoje ele não fez gol, mas marcou contra o Mirassol. Não sei quantos gols ele marcou comigo, mas um time que cria muito precisa de um grande artilheiro para finalizar as jogadas. Hoje ele não conseguiu finalizar as jogadas, mas é um grande jogador para o time. Hoje tivemos mais volume ofensivo em relação ao que vínhamos tendo. Tivemos 28 finalizações, fizemos três (gols). A gente tinha que ter feito mais. Foi um volume para fazer mais gols. Temos que aproveitar mais o volume que criamos.
Controle de carga
— Essa questão do controle de carga eu tenho um pensamento mais de sentir do que medir. Se fosse pegar tradicionalmente, o Vegetti teria saído de muitos jogos, mas ele não tem queda de rendimento no final das partidas. Contra o Mirassol, ele foi o jogador que mais correu. Ele tem idade, mas não tem pouca qualidade física. Não tem queixa de lesão. Hoje, a gente sabia que a maior arma do CSA era bola aérea e nosso jogador mais alto era ele. Ele não tem decréscimo físico, tem muita saúde. Vegetti não tem decréscimos em níveis de corrida, sprint, coisas que a fisiologia consegue medir.
Conversa com os gandulas
— Foi um gesto espontâneo de confraternizar com eles o momento antes de começar o jogo. Gosto desse tipo de gente. Gosto de fazer que todos se sintam importante.
Puma como ponta
— O Puma é uma possibilidade, já jogou assim. No fundo, eu procuro colocar em campo os melhores jogadores. No Fluminense já cheguei a jogar com dois pontos, um na lateral e outro na ponta. Hoje aconteceu um pouco o contrário, foram dois laterais. Acho que o Puma é um jogador com muita qualidade, tem força física, é jogador de seleção. Fez uma partida muito boa contra o Mirassol. E o Paulo Henrique está muito bem. Hoje foi questão de colocar aqueles caras que eu acho que estão produzindo mais. E quando der para encaixar, como foi hoje, eu faço. Acho importante colocar aquilo que a gente tem de melhor em campo
Hugo Moura na zaga
— Ele é um jogador que pode jogar de zagueiro comigo, ele já jogou de zagueiro no Flamengo e tem características que o qualificam para jogar de zagueiro. Tem um passe muito bom, com a linha alta ele tem boa velocidade, força física e uma construção facilitada. Como volante, ele já tem um bom passe. Então a gente tem um ganho em relação a isso
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Jair e Thiago Mendes
— O Jair está muito bem já faz um tempo. Quando tem jogo com mais posse, o jogo fica muito facilitado com a entrada dele, porque ele dá fluência ao jogo. E o Thiago Mendes ficou duas temporadas e meia no Catar, que é um futebol muito mais moroso que o daqui. Somado a isso, ele teve uma lesão importante um pouco antes de vir para cá e ele já estava há um tempo sem jogar. Estamos procurando alimentá-lo de bons treinamentos para ele ganhar ritmo aos poucos e chegar a sua melhor condição. Mas é um jogador que tem muita qualidade e pode ajudar muito o Vasco.
Pode efetivar o Hugo na zaga e o Jair no meio?
— Isso pode acontecer, é uma possibilidade entre outras tantas que a gente tem. Mas é uma possibilidade, não podemos descartar.
Importância da vitória na má fase
— A vitória é muito importante. É um campeonato em que estamos entre os oito classificados, que o Vasco não vence desde 2011, já faz 14 anos desde a última conquista. Nós temos nosso quinhão de chance, temos 1/8 de chances de ser campeões neste momento. Mas agora temos que pensar no Atlético Mineiro. E, obviamente, você imagina se a gente não passa hoje. Ia ficar um clima totalmente negativo e pessimista, a torcida ia sair do estádio ferida. Acho que a torcida sai do estádio hoje contente pela classificação. Se pudesse separar o primeiro do segundo tempo, ia sair muito contente com o que a gente fez no primeiro tempo. E a torcida deu um show também, a torcida ainda foi melhor do que o time. A festa foi brilhante desde o começo, a torcida do Vasco é muito diferente, ela incentiva muito. É muito presente. A gente tem que se acostumar a jogar no mesmo ritmo da torcida, que é uma torcida apaixonada e muito presente. Que o time consiga fazer dois tempos como fez o primeiro, porque é isso que a torcida merece.
O que pegar de exemplo da atuação
— O primeiro tempo como um todo. Mas não só esse jogo. De maneira geral, fizemos bons jogos contra Mirassol e Internacional no primeiro tempo. São campeonatos diferentes. Precisamos pontuar rápido. A equipe tem produzido para ganhar jogos. Eu espero que a gente consiga fazer uma grande partida e dar esse presente para a torcida no domingo.
Há algum problema psicológico para resolver?
— Não, é claro que não tem a ver com psicológico nesse sentido. Acho que emocionalmente o time se mostra cada vez mais forte até. Pela sequência de resultados que a gente mereceu vencer e não venceu, e no jogo seguinte mostrou competência, jogar cada vez melhor, marcar bem… Isso mostra muita evolução para mim na parte psicológico. Acho que todo mundo concorda aqui que o jogo do Inter poderia ter vencido, o do Grêmio poderia ter vencido, do Del Valle poderia ter vencido. E o Mirassol também, fomos muito mais dominantes. Então psicologicamente a equipe se mostra cada vez mais forte. Hoje o que aconteceu tem a ver com lado psicológico, mas não por essas razões que estavam atribuindo ao Vasco há algum tempo atrás. Teve um relaxamento que não deve. Eles tiveram poucas chances. O CSA é um time que tem qualidade também. Se não tivesse qualidade, não estaria aqui. Eles não tiveram o Grêmio sem mérito, muito pelo contrário. Se a gente joga com o mesmo ímpeto e mesma concentração, provavelmente eles não teriam a chance que tiveram e a gente não teria sofrido o gol. Isso é um aspecto psicológico do jogo, totalmente. E não teve nada a ver com cansaço. A gente terminou o primeiro tempo em cima, todo mundo correndo muito, fizemos o terceiro gol. Quando voltamos para o segundo tempo, voltamos numa rotação mais baixa. Se a gente estivesse cansado ou os 15 minutos finais fossem ruins… E nem foi isso que aconteceu. Nos 15 minutos finais, não fomos tão contundentes, mas fomos muito mais equilibrados. Tivemos chances de fazer o quarto e quinto gols e não oferecemos chances de gol para a equipe do CSA.
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Nuno Moreira
— A saída dele tem um pouco a ver com controle de carga. Ele vem jogando com constância, o Nuno acho que vem jogando muito e ele não está habituado a esse tipo de calendário, viagens… Eu já tirei o Nuno pensando no jogo do Atlético.
Flamengo, Palmeiras e São Paulo fora da Copa do Brasil nivela o futebol brasileiro?
— O futebol aqui é nivelado mesmo. Em jogos de mata-mata fica mais nivelado ainda. Tudo pode acontecer em dois jogos. O time que está em primeiro pode perder para o último, não é raro aqui.
O Coutinho pode evoluir ainda mais?
— O futebol dele não depende dos futuros contratados. A tendência do Philippe é evoluir. Quando ele teve a lesão na panturrilha, ele estava num momento excelente. Nas semanas que a gente teve de preparação, ele estava se destacando muito nos treinamentos. Acho que a evolução dele vai se dar com os jogos e treinamentos, então a tendência é de que ele jogue cada vez melhor.
Recado para convocar a torcida para domingo
— De fato, peço encarecidamente que compareçam e no incentivem. Eu tenho falado constantemente com os jogadores que temos que fazer o máximo que puder para trazer alegria para a torcida para o Vasco, porque é muito sofrimento ao longo desses anos.
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