O 5 a 0 e a Copa do Brasil: Eduardo Costa se divide entre Avaí e Vasco

Ex-volante foi titular tanto da campanha do Cruz-Maltino campeão do mata-mata nacional, em 2011, quanto do Leão da Ilha que aplicou a pior derrota do Gigante na Colina, em 2014

Montagem - Eduardo Costa (Avaí e Vasco)
Mesmo discreto, Eduardo Costa entrou para a história dos rivais desta noite (Foto: Arte/Lance!)

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A rivalidade entre Vasco e Avaí está longe de ser das maiores do futebol brasileiro. Mas as equipes que se enfrentam na noite desta quarta-feira, na Ressacada, já se cruzaram em momentos importantes da história de cada um. E um personagem esteve defendendo cada uma das camisas: o ex-volante Eduardo Costa.

Hoje treinador habilitado, mas ainda não empregado, Eduardo foi titular do Cruz-Maltino campeão da Copa do Brasil em 2011. Naquela temporada, os oponentes desta noite duelaram pela semifinal do mata-mata nacional. No primeiro jogo, em São Januário, o time catarinense vencia até os acréscimos do segundo tempo, o quando Diego Souza empatou. No segundo duelo, mesmo fora de casa, o Vasco impôs 2 a 0.

- No primeiro jogo, não tivemos grande atuação. O Avaí foi superior em alguns momentos, mas tínhamos uma equipe com qualidade e experiência, que soube administrar a situação de não para não perdermos ou irmos para o segundo jogo com uma desvantagem muito grande. Viemos para o jogo com tudo em aberto e aí já conhecíamos melhor a equipe do Avaí - lembrou Eduardo Costa, ao LANCE!.

Ele diz "viemos" porque mora exatamente em Florianópolis, onde nasceu e encerrou a carreira no mesmo Avaí, em 2015. Foram três temporadas no Leão da Ilha e, em 2014, titular assim como no Cruz-Maltino, superou o Vasco duas vezes na Série B do Campeonato Brasileiro. A segunda, na rodada final, garantiu o acesso. A primeira foi o histórico 5 a 0: a pior derrota da equipe vascaína em São Januário em todos os tempos.

- O Vasco vinha num momento muito confuso. Eu e o Geninho (treinador do Avaí naquele ano e no atual, além de ser ex-Vasco) conhecíamos o ambiente, então montamos uma estratégia para não ficarmos só esperando. O normal seria o Vasco a propor, tomar as rédeas do jogo. Fizemos o contrário. Falamos: "Vamos pressionar para fazer um gol porque aí a torcida vai pressionar contra deles." Mas nem em sonho imaginávamos fazer um gol atrás do outro. Aproveitamos a instabilidade do momento deles - recorda.

Pelos motivos acima descritos, Eduardo Costa ficou na história das duas equipes. Mesmas tais razões pelas quais ele não consegue definir quem prefere que avance na Copa do Brasil deste ano.

- Tenho muitos amigos nos dois clubes (risos). Que vença o melhor. As duas instituições precisam da classificação e uma nova derrota pode complicar o restante da temporada, já entrar no Brasileiro em crise. Uma desclassificação precoce, para o Vasco, levaria a consequências catastróficas. Para o Avaí, a questão financeira, pois seria um aporte muito importante - entende.

ESTRATÉGIAS
Como não poderia deixar de ser, o 5 a 0 aplicado pelo Avaí no Vasco naquele 2014 resultou em consequências impactantes. O técnico Adilson Batista pediu demissão ainda no vestiário e a campanha do acesso vascaíno, que poderia se afirmar, cambaleou até se confirmar, mesmo sem título. O detalhe é que aquela partida na Colina histórica foi marcada por quatro gols de bola parada marcados pelo Leão.

- O time já tinha esse ponto muito bem treinado como uma arma, e o Vasco, por coincidência, sofria muito com isso. No futebol, às vezes essas coisas coincidem. Quem está em campo tem que estar antenado - explica Eduardo Costa.

Já na época do Vasco, em 2011, uma mudança tática foi importante para a equipe de Ricardo Gomes engrenar e conquistar a Copa do Brasil. Cão de guarda desde sempre, Eduardo teve uma leve mudança na função em campo.

- Na verdade, ele (Ricardo) colocou o Rômulo (hoje no Grêmio) como primeiro volante, eu pela direita da trinca e o Felipe (também aposentado) pela esquerda. Com o Éder Luís, o Diego Souza e o Alecsandro: experientes que se complementavam. Era uma equipe que poderia ter mais títulos, se o Vasco estivesse mais estruturado. Se fosse agregando outros bons jogadores em vez de se desfazer dos atletas. Era um timaço - afirma.

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