L! Com a Palavra: ‘Celso Roth dá cara nova ao Vasco, que pode evoluir’

Celso Roth é um treinador das antigas, mas, ao que parece, não é tão à moda antiga. O pragmatismo tático que se vê no futebol brasileiro atual, de se optar, quase sempre, pelo esquema 4-2-3-1, foi deixado de lado pelo novo comandante vascaíno. Pelo menos neste primeiro momento. O novo Vasco se apresentou quase à inglesa. Foi com a famosa duas linhas de quatro – na defesa e no meio-campo – que o Cruz-Maltino obteve sua primeira vitória neste Campeonato Brasileiro.

Julio Cesar quase não foi notado, mas atuou, no meio-campo, à frente de Christianno. Jhon Cley, enquanto aguentou, fez o mesmo pela direita. Serginho e Guiñazú fizeram a contenção, enquanto Riascos se movimentava ao lado de Gilberto.

É claro que houve poucas finalizações, pouca criação, mas os três pontos aos quais o torcedor clamava foram, finalmente, para São Januário. Com eles, os jogadores terão um pouco mais de tranquilidade para trabalhar e sair da zona de rebaixamento. Em seguida, com os que ainda estão para estrear, será possível sonhar um pouco mais alto. Andrezinho e Herrera são necessários, sim.

Este time ainda pode receber Dagoberto e Eder Luis, quando se recuperarem, e ambos, em boa forma, são titulares desta equipe. Roth ainda aproveitou o melhor do Velho Vasco, o Vasco (bom) de Doriva, para estrear sem tomar gols. O Gigante não sabia o que era acabar uma partida sem tomar gol há mais de um mês. Outra característica antiga era a posse de bola, mesmo que, muitas vezes, pouco produtiva dentro da partida. Não se viu. Antes da evolução, a vitória era essencial para a equipe.