Venezuela, uma força emergente no automobilismo

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Nas ruas que dão acesso ao circuito de rua de Valência, é fácil identificar a fanática torcida venezuelana. Barulhentos, animados e sempre enrolados em bandeiras de seu país, eles personificam o patriotismo elevado que existe em um país que um dos "emergentes" na Fórmula 1, agora com a presença de Pastor Maldonado no grid.
Seu caminho até a categoria foi pavimentado com dinheiro estatal, através da petrolífera PDVSA. O investimento é feito de forma planejada, através de um programa de pilotos que conta atualmente com cinco nomes (confira no quadro ao lado). E, como os torcedores, os pilotos também demonstram apreço pelo projeto de país do presidente Hugo Chavez.
- A força e a motivação que ele dá aos atletas venezuelanos é incrível. Antes não tínhamos um time de futebol, agora a seleção está crescendo e é jovem. No automobilismo, temos cinco ou seis pilotos patrocinados por um país para mostrarmos nossa marca petrolífera. Para todos é um orgulho levar as cores da Venezuela e que nos apoiem para mostrarmos nosso talento - falou Maldonado numa entrevista exclusiva ao LANCENET!
O piloto da Williams conta também que a popularidade da F-1 no país cresceu muito neste ano:
- Há uma verdadeira paixão, que vai se multiplicar ainda mais à medida que os resultados forem melhorando. A Venezuela tem muita esperança de conseguir bons resultados e não vejo isso como um fardo, mas um compromisso que assumo com muita responsabilidade.
O produtor Juan Fossaroli da Fox Sports, um dos canais que exibe a F-1 no país, revela que a audiência das provas triplicou neste ano. E acrescenta um detalhe interessante:
- O venezuelano sempre foi um apaixonado por corridas e tínhamos bons números mesmo antes de Maldonado. Não é o caso da Colômbia, em que ficamos praticamente no zero depois que o (Juan Pablo) Montoya deixou a F-1.
BATE-BOLA COM PASTOR MALDONADO
LANCENET!: O crescimento do país no cenário da F-1 deixa a perspectiva de mais venezuelanos na categoria em breve?
PASTOR MALDONADO: Temos o Cecotto e o González, que estão na GP2 e podem ser os próximos na F-1. Mas eles ainda têm um caminho pela frente, precisam continuar aprendendo e melhorando. Para estar na F-1 hoje em dia, que foi o meu caso, é preciso ganhar para entrar numa boa equipe. Mas são bons meninos, que contam com apoio do país e meu também.
LNET!: E a chance de acontecer um GP da Venezuela?
PM: Olha, este é o meu sonho. Acho que é possível. Não agora, mas no futuro dará para fazer. Por enquanto, estou fazendo algumas exibições com um carro da Williams nas ruas. Já tivemos uma e teremos outra ainda este ano.
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