Único campeão do elenco, Maikon Leite quer repetir a dose no Verdão

Nem Marcos Assunção, muito menos Barcos. A grande arma do Palmeiras na partida desta quarta, às 19h30, contra o Coruripe-AL, em Jundiaí, pela primeira rodada da Copa do Brasil, é o atacante Maikon Leite. Calma, torcedor, não é loucura. Além de ter conseguido boas atuações no início da temporada, ele é o único jogador do elenco palmeirense que já conquistou título do torneio.

Se Luiz Felipe Scolari é o maior vencedor da competição nacional como técnico – são três conquistas –, o camisa 7 é o mais "experiente" do Verdão dentro de campo. Isso porque, em 2010, o atleta participou da campanha do título do Santos. Reserva e presente em só uma partida (de um total de 11), ele se transferiu para o Atlético-PR antes da final e perdeu a decisão. Agora o objetivo é conquistar a taça e "recompensar" a saída.

– Eu fiquei triste por não jogar a final, estive a competição toda, mas só de participar, ajudar, isso vale muito mais que a medalha. Estamos fortes, unidos, dá para compensar este ano – disse, ao LANCENET!.

Maikon Leite vive sua melhor fase desde sua chegada ao Palmeiras, em maio do ano passado. Em 13 partidas, foram quatro gols e uma assistência. O desempenho já é bem superior ao do ano passado, quando balançou a rede três vezes em 23 compromissos.

Se não bastasse, o camisa 7 formou uma boa dupla de ataque com Barcos. O argentino não esconde o carinho por ele. Quase sempre após fazer gol, procura o companheiro para comemorar. Porém, não se importa em repetir com ele o sucesso de Neymar e Ganso em 2010, desde que o Palmeiras conquiste a competição.

– Estamos procurando ajudar, mas que brilhe o Palmeiras, não só nós dois. Que a gente possa ajudar sempre com os gols, mas que o Palmeiras seja o campeão – disse.

O caminho para a taça ele conhece. Primeiro, precisa bater o Coruripe. Agora, como titular.

Pouco espaço no título do Santos em 2010

Maikon Leite não teve muitas oportunidades no Santos campeão da Copa do Brasil de 2010, quando Dorival Júnior, atualmente no comando do Internacional, era o comandante. Reserva do ataque, ele só entrou no segundo tempo da vitória por 4 a 0 sobre o Remo, em Belém (PA), pela segunda fase, e ficou 23 minutos em campo – não balançou as redes.

O setor ofensivo tinha Neymar, Robinho, André e Paulo Henrique Ganso como titulares. O Santos fez 11 jogos no torneio e conquistou o título – até então inédito – sobre o Vitória, no Barradão.

Confira uma entrevista exclusiva com Maikon Leite:

LANCENET!: Você pode ensinar os companheiros como vencer o torneio?

MAIKON LEITE: Temos grandes jogadores, ganharam muito. Não tem como eu falar, por ter ganhado uma, o que tem de fazer. Todos sabem que têm de concentrar em cada jogo como se fosse o último, não tem chance, não é por pontos corridos.

LNET!: Tem algum segredo?

ML: O segredo é o gol fora. Em casa a vantagem de quem faz gol fora é enorme. O segredo é esse. Tem de matar o jogo de volta logo e fazer gol sempre cedo, fora de casa.

LNET!: O Palmeiras de hoje tem semelhança com aquele Santos?

ML: O foco está muito parecido, muito forte, todos pensando na vitória. O grupo está muito unido, buscando o gol independentemente de quem faça. Esse foco, essa união, serão fundamentais para nós na campanha. No Santos, estávamos sempre focados só na partida seguinte.

LNET!: O bom ambiente pode ajudar?

ML: Ambiente está bom, todos sabendo a hora de brincar, a hora de concentrar. Estamos brincando antes e depois dos treinos só, o restante é sempre seriedade. Isso é essencial se quisermos ganhar os campeonatos.

LNET!: Qual deve ser a postura do time nesse jogo contra o Coruripe?

ML: Temos a obrigação de vencer, é em casa, vencemos o primeiro fora. Somos o time grande, a expectativa é de se possível uma goleada, mas temos de ter atenção, entrar focados em campo, com o objetivo da vitória. Se não tomarmos gol vamos classificar. Primeiro nos preocupamos em não tomar gol hoje.

LNET!: Quais são os principais rivais no Palmeiras para o título?

ML: Não sei dizer exatamente, muitos falam do São Paulo, do Grêmio... São times grandes que devem chegar bem e com força.