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Time B do Palmeiras tem futuro incerto

Contratos dos jogadores do Fluminense
imagem cameraContratos dos jogadores do Fluminense
Dia 28/10/2015
05:25

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Diretor não descarta o fim do Palmeiras B

Com a pior média de público das duas principais séries do Paulistão, 174 pagantes por jogo, o Palmeiras B conseguiu, no sufoco, segurar-se na Série A2. Entretanto, o futuro do time, e dos jogadores, é obscuro.

Com mais de 35 jogadores no elenco, o time é considerado pela diretoria como "gastão". Com o Palestra Itália em reformas, mandou seus jogos em Jaguariúna, acarretando gastos com viagens. Além disso, a folha salarial não é baixa. Alguns que já tiveram passagens pelo profissional, como Anselmo e Gualberto, fazem aumentar.

– O time B foi criado com a intenção de utilizar aqueles jogadores que não tinham mais idade para a Copa São Paulo (até 18 anos) e não seriam aproveitados no profissional. Com o passar do tempo, perdeu o foco – disse Jair Jussio, atual diretor das categorias de base do Verdão e um dos criadores do time B.

A média de idade do time hoje é de quase 21 anos. Além dessa questão, um dos maiores problemas é a falta de motivação. O B não pode subir à Série A1, já que, segundo o regulamento da FPF, não pode haver dois times de um mesmo clube na elite. Sobrou para o técnico Luis dos Reis, na últimas rodadas, trabalhar o psicológico dos atletas para, ao menos, ficar na A2.

– Eles sabem que a maior motivação que existe no futebol é você ser observado para subir ao time profissional. Estão no Palmeiras, quer melhor que isso? Tem de dar o máximo sempre – pediu o técnico.

Encerrada a participação no Paulistão, o futuro começa a ser desenhado. Jussio revelou que a equipe deve sofrer ampla reformulação nos próximos dias. Os jogadores, inclusive, já estão sendo avaliados pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Eles fizeram um coletivo na manhã de ontem contra os reservas.

– Vamos conversar com Felipão e Galeano para que eles indiquem jogadores para continuar. O resto, vamos rever os contratos, reavaliar. Queremos trabalhar com os meninos do sub-20 – admitiu Jussio, que não descarta o fim.

– Vamos analisar os prós e contras para ver o que é importante. Há a possibilidade, sim, de deixar de existir. Meu ponto de vista é que tem de continuar, mudando o foco.

Com a palavra com Deola
Goleiro do Palmeiras

"Eu devo muito ao Palmeiras B. Fiz quase 150 jogos, foram três ou quatro anos de luta. Se não fosse o B, ficaria muito tempo sem jogar, para mim foi muito bom. A motivação tem de ser a visibilidade, e não apenas para o Palmeiras. São novos. É claro que o objetivo principal é estar no clube, mas pode ser vendido para outro. Na minha época foram muitos que saíram do B e ajudaram o A. Hoje estão em grandes clubes. O B sempre foi um grande formador de jogadores."

Gualberto: 'Para mim, é tudo Palmeiras'

Um dos mais "rodados" do time do Palmeiras, o zagueiro Gualberto ainda alimenta a esperança de convencer o técnico Luiz Felipe Scolari.

– Ainda acho que tenho a mostrar para ele. Torço para que esteja assistindo aos jogos do Palmeiras B, tenho sido titular, jogado bem. A motivação é sempre estar subindo aos profissionais. Para mim, é tudo Palmeiras. Jogo com a mesma vontade – afirmou o zagueiro, admitindo que a falta de defensores no elenco ajuda.

– A gente está sempre olhando essas movimentações. Sabemos que Danilo vai sair, enfim. Vamos torcer.

Apesar da vontade, Gualberto não deve ter mais chances no time. Com apenas 20 anos, ele não está entre os preferidos da diretoria.

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