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Sábado: dia de presenças inusitadas em São Januário

Dedé e Éder Luis, do Vasco (Foto: Alexandre Loureiro)
imagem cameraDedé e Éder Luis, do Vasco (Foto: Alexandre Loureiro)
Dia 28/10/2015
05:31

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O sábado em São Januário foi marcado pela presença de torcedores para lá de exóticos. Um contador de Cabo Frio chamou a atenção por carregar, pendurado ao pescoço, um som tocando uma música de sua autoria. Já uma dupla, vinda diretamente do Pará, mostrou uma paixão dividida entre o Vasco e o Paysandu.

Direto de Cabo Frio, Ineraldo, mais conhecido como Nadinho, de 42 anos, gravava uma espécie de clipe - a filmagem era feita por um amigo - quando foi abordado por alguns torcedores próximo ao alambrado. Com um aparelho de som pendurado ao pescoço, ele interpretava a música, utilizando playback, ao maior estilo profissional.

Presente no primeiro jogo da final da Copa do Brasil,  Nadinho lembrou que o barulho da torcida dentro da Colina ofuscou sua música.

- Eu trouxe o rádio, mas tava muito tumulto e não deu nem para escutar. O importante é que já colocamos metade da mão na taça e temos a vantagem do empate - disse.

A composição apresentada não é a primeira de autoria de Nadinho. Vascaíno fanático, ele revela mais um de seus trabalhos:

- Escrevi uma para o milésimo gol do Romário também. Estou muito confiante neste título - completou.

Mas Nadinho não foi a única figura a chamar a atenção em São Januário neste sábado. Uma dupla de torcedores vestindo a camisa do Paysandu com a do Vasco amarrada ao pescoço também se destacaram.

Raimundo Souza, 47 anos, é tio de Ricardo Souza, 32. Os dois vieram de avião, diretamente do Pará, com o objetivo de assistirem a primeira partida da final da Copa do Brasil. Eles conseguiram, mas não foi fácil.

Raimundo e Ricardo vieram de Belém (Foto: Alexandre Loureiro)

- Chegamos aqui quarta-feira, 9h, e pagamos R$ 150 no ingresso. Valeu a pena, mas não foi fácil - contou Ricardo.

A paixão pelo Cruz-Maltino, ele herdou do tio Raimundo, que o criou. O mais curioso foi o primeiro contato do mais velho com o time.

- Meu pai teve 20 filhos. Certo dia, ele chegou em casa com cinco camisas de times do Rio (Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo e America) e estendeu na mesa para que fizéssemos a escolha. Fui logo na do Vasco e desde lá o amor apenas cresceu - relatou Raimundo.

A dupla retorna segunda-feira ao Pará e não terá a oportunidade de acompanhar a finalíssima em Curitiba por causa do trabalho (eles são funcionários do estado).

Após o treino, os jogadores causaram correria com a distribuição de autógrafos. Felipe e Fernando Prass foram os mais requisitadoos.

No que depender da animação e paixão demonstradas pelos torcedores neste sábado, o Vasco pode se preparar para erguer a taça.

Jogadores distribuíram autógrafos (Foto: Alexandre Loureiro)

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