RC6 pode ser mais um a sair por pressão da Fiel
- Matéria
- Mais Notícias
A possibilidade de sair do Corinthians, levantada por Roberto Carlos, nesta quinta-feira, relembra outros momentos semelhantes na história do clube. A Fiel, marcada por apoiar o time incondicionalmente em campo durante os jogos, é também conhecida por protagonizar saídas de diversos jogadores do clube.
Roberto Carlos começou bem em 2011, impressionando pelo condicionamento físico exemplar aos 37, além da boa atuação de estria no Paulistão, que contou até com um gol olímpico do veterano. Agora, porém, o lateral vive situação oposta.
Diretoria já admite que Roberto Carlos pode deixar o Timão
Após as más atuações contra o Noroeste e no primeiro jogo contra o Tolima, pela primeira fase da Libertadores, o lateral ficou de fora da partida contra o Sâo Bernardo - como os outros titulares - e também da decisão contra os colombianos, no jogo de volta, que marcou a eliminação do Corinthians na competição.
Após a decepção na Liberta, Roberto Carlos, assim como Ronaldo, virou um dos principais alvos da torcida corintiana, que protesta por mais empenho e melhores resultados. Agora, o lateral, que marcou época pela Seleção Brasileira e pela vitoriosa carreira no Real Madrid (ESP), pode se tornar o mais novo rejeitado pela Fiel.
Rivellino (1974)
Roberto Rivellino é considerado até hoje um dos melhores jogadores que vestiram a camisa do Corinthians. Apesar da técnica apurada, belos passes e precisão em cobranças de falta com a perna esquerda, o Reizinho do Parque era muito cobrado pela escassez de títulos que o time vivia desde 1954.
O ápice da indignação da torcida com o meia aconteceu em 1974, quando o Corinthians precisava de um empate com o Palmeiras na final do Campeonato Paulista para se sagrar campeão estadual. Porém, o Verdão venceu por 1 a 0 com péssima atuação do camisa 10, que atuou quase como um defensor durante toda a partida.
Acusado de falta de comprometimento e individualismo pela torcida, foi negociado com o Fluminense, onde marcou três gols contra o ex-clube logo em sua estreia. Pelo clube carioca, conquistou títulos, coisa que não conseguiu no Corinthians.
Edílson (2000)
Mesmo já tendo atuado no arquirrival Palmeiras, Edílson foi o grande nome do time corintiano na conquista do Mundial de Clubes da Fifa, de 2000 e dos dois títulos brasileiros, conquistados em 98 e 99. Levou a Fiel à loucura na final do Campeonato Paulista de 1999, quando Corinthians e Palmeiras empatavam em 2 a 2, resultado que dava a taça ao Timão, e numa jogada na lateral começou a fazer embaixadinhas e deixando os jogadores adversários irados, iniciando uma briga generalizada no campo.
No entanto, os torcedores esqueceram todos os títulos e provocações aos rivais depois que o Corinthians foi eliminado da Libertadores de 2000 nas semifinais, pelo próprio Palmeiras. Na ocasião, o camisa 10 optou por não participar das cobranças de pênalti. O Timão foi eliminado e na mesma semana Edílson foi encurralado por vários torcedores no estacionamento do Parque São Jorge, tendo que sair com a ajuda de vários seguranças. Sem clima, foi negociado com o Flamengo.
Marcelinho Carioca (2001)
O camisa 7 é o maior ídolo da história recente do Corinthians. Conquistou dez títulos, teve atuações brilhantes e sempre foi adorado pela torcida. No entanto, da mesma maneira que tinha talento com a bola nos pés, tinha para criar polêmicas. Na maior delas, brigou com Ricardinho em 2001 e saiu do clube pela porta dos fundos, encerrando uma geração vitoriosa.
Marcelinho voltou a jogar no Corinthians em 2006, depois de uma negociação estranha em que ele foi contratado para abater uma dívida financeira com o clube e saiu alguns meses depois com dinheiro para receber da diretoria. Ainda brigou com o volante argentino Mascherano e com o técnico Emerson Leão, antes de ser demitido.
Em 2010, foi anunciado como "Embaixador do Centenário", e fez seu jogo de despedida contra o Huracán (ARG), com vitória por 3 a 0.
Ricardinho (2002)
Um dos jogadores que mais conquistaram títulos pelo Timão (sete ao todo), Ricardinho era o grande xodó da Fiel torcida, ao lado de Marcelinho Carioca. No clube desde 1998, vindo do Paraná, foi convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a Copa do Mundo da Coreia e Japão em 2002.
Logo após voltar do Mundial, aceitou uma proposta do rival São Paulo de 2 milhões de reais, sendo na época a maior transação entre clubes brasileiros da história. A torcida é claro, não deixou de mostrar sua indignação com o meia. No primeiro jogo dele contra o Corinthians, foi xingado de "mercenário" e vaiado durante toda a partida.
Em 2006, voltou ao clube para a disputa da Libertadores da América. Mesmo com boas atuações, o time fracassou e ele foi negociado com o Besiktas (TUR).
Carlitos Tevez (2006)
Contratado junto ao Boca Juniors (ARG) pela MSI, parceira do Corinthians na época, o atacante argentino caiu rapidamente nas graças da Fiel por seu estilo raçudo em campo. Logo no seu primeiro ano pelo clube, conquistou o polêmico Campeonato Brasileiro daquele ano, marcado pela escândalo de corrupção da arbitragem.
No ano seguinte, era o grande nome do Timão para a Libertadores da América, mais caiu para o River Plate (ARG) nas oitavas de final, frustrando mais uma vez a nação alvinegra. A partir daí a relação entre o argentino e a torcida começou a se estreitar, e teve seu auge em um jogo contra o Fortaleza, quando Tevez marcou um gol e mandou a torcida ficar em silêncio. Na saída do estádio, seu carro foi chutado e o jogador recebeu muitos xingamentos. Com medo de continuar no clube e das represálias dos torcedores, foi negociado com o West Ham (ING), logo após a Copa da Alemanha. Mesmo com saída conturbada, é considerado até hoje um dos maiores ídolos da história do clube.
Coelho (2006)
A traumática eliminação na Libertadores de 2006 também fez outra vítima no Parque São Jorge. Revelado nas categorias de base do Corinthians, o lateral-esquerdo Coelho chegou a fazer boas partidas pelo clube. No entanto, na semifinal da competição sul-americana, no Pacaembu, o Timão vencia o River Plate (ARG) por 1 a 0 quando o lateral-esquerdo desviou um cruzamento contra a própria meta, empatando a partida.
Com a derrota por 3 a 1 e a consequente eliminação, Coelho foi emprestado ao Atlético-MG. Retornou ao Corinthians em 2008, e depois de ser vaiado pela torcida em todos os jogos, foi negociado em definitivo com o time mineiro.
- Matéria
- Mais Notícias