Há quase um mês no Flu, Enderson encara decisões

No coração do torcedor tricolor, o futuro do time em 2011 será definido nos próximos cinco dias. Já no coração de Enderson Moreira, o rumo de sua carreira também estará em jogo. Aos 40 anos, o treinador decidiu alçar voos mais altos na profissão e aceitou o desafio de comandar o campeão brasileiro recheado de craques. Mas a segurança de um compromisso para um cargo interino contrasta com o caráter decisivo das próximas partidas.

O que era para ser um período de transição, entre a saída de Muricy Ramalho e o próximo técnico tricolor, a missão de Enderson já vai completar um mês na próxima quarta-feira, quando o Fluminense enfrentará o Argentinos Juniors, em Buenos Aires, na busca final pela classificação na Libertadores.

– Posso afirmar que trabalho jogo a jogo. É uma situação delicada a que o time vive na Libertadores. Mas eu só estou preocupado com os resultados, com o trabalho do dia a dia. Estou preocupado com as conquistas das vitórias e quero entregar a equipe nas condições ideais para o treinador que vier – disse o técnico, sem usar a palavra interino.

Natural de Belo Horizonte, Enderson chegou às Laranjeiras bem ao estilo mineiro. Aos poucos, conquistou a confiança e o apoio dos jogadores. Tudo para preparar o terreno e poder impor sua filosofia de treinamento. O primeiro resultado de sucesso do trabalho poderá vir neste domingo, contra o Nova Iguaçu, quando o time jogará pela classificação à semifinal da Taça Rio.

– Queremos que o Fluminense repita a atuação, que o time esteja muito próximo do que aconteceu na partida contra o Americano. Sabemos da dificuldade. Nosso foco, apesar da Libertadores, está na partida de domingo – garantiu Enderson.

Diferentemente da maioria dos técnicos, Enderson é autêntico em suas palavras e na forma de avaliar cada situação. A Taça Rio é domingo, mas sua visão de líder projeta o futuro tricolor.

– Sinceramente, não temos como apagar a Libertadores da memória.