Por protestos, GP do Bahrein corre risco real
- Matéria
- Mais Notícias
A rotina de quem está em Manama está difícil. Com os protestos da população xiita contra o governo sunita, antes de sair de casa é preciso checar as ruas onde os manifestantes se concentram e evitá-las.
Os confrontos com a polícia têm se repetido diariamente e pedras e bombas de gás lacrimogêneo voam em profusão. Dois já morreram.
Com tal cenário, é difícil imaginar a realização de uma corrida de Fórmula 1 no país. Assim, a prova programada para abrir o Mundial, dia 13 de março, corre sério risco de ser cancelada. Em nota, o organizador do evento, xeque Salman bin Isa Al Khalifa, afirmou que a segurança dos envolvidos na prova será prioridade. Mas não garantiu o GP.
- Estamos monitorando a situação cuidadosamente com as autoridades e responderemos de acordo com o desenvolvimento - falou.
O tempo urge. As equipes testarão até a próxima segunda-feira em Barcelona e o envio do material para o Bahrein está programado para começar naquela noite. Se os equipamentos fretados não forem usados nem na corrida nem no teste do primeiro fim de semana de março, o prejuízo será ainda maior.
O Bahrein paga cerca de 20 milhões de euros (cerca de R$ 45 milhões) por ano pelo evento. Normalmente um cancelamento implicaria numa multa astronômica, embora Bernie Ecclestone possa perdoar isso em virtude da situação.
Ainda assim, os danos financeiros envolveriam devolução dos ingressos já comprados e contratos de patrocínio das equipes, já que as empresas teriam uma prova a menos para exibir suas marcas.
Enquanto a F-1 não sofre, a rodada dupla da GP2 Asia em Sakhir no fim de semana está confirmada.
- Matéria
- Mais Notícias















