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Presidente do Marília acusado de racismo e censura

Paulo Henrique Ganso treina com bola durante circuito físico (Foto: Ivan Storti)
imagem cameraPaulo Henrique Ganso treina com bola durante circuito físico (Foto: Ivan Storti)
Dia 28/10/2015
05:24

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O clima pesou no Marília. O presidente do clube, Hely Bíscaro, é acusado de fazer declarações racistas a um ex-treinador das categorias de base do clube, e de censura ao impedir o trabalho de jornalistas durante os treinamentos da equipe. O cartola falou com exclusividade ao LANCENET! e se defendeu das acusações.

O ex-treinador da categoria sub-11, Leonardo Pereira de Farias, acusa o presidente de cometer atos racistas. De acordo com o boletim de ocorrência, Bísbaro teria falado: "Nós precisamos arrumar um treinador decente, porque este aí parece um macaco pulando na beira do campo".

Leonardo, então treinador, foi desligado do clube, e registrou o caso na polícia da cidade.

- Eu acho que precisa se mover, pois do contrário isso nunca parar. Tanto no futebol, quanto em outros meios isso não pode acontecer nunca. Todos estavam trabalhando em prol do Marília – afirmou.

O cartola falou com exclusividade ao LANCENET! e se defendeu das acusações. Hely Bíscaro garante que o técnico e o ex-diretor das categorias, Fernando Carlos Martins Paredes, mantinham práticas consideradas imorais, como arrecadar dinheiro de atleta para escola.

- Um atleta menor de idade, de 15 a 16 anos, procurou as categorias de base e dele cobrado R$ 500 pra fazer o teste, aprovaram o menino e pediram mais R$ 500. Conversei com os pais do atleta e isso é uma prática ilegal. Não contribuem em nada e são os pais que acabam pagando. Esta acusação deles com certeza foi uma forma de vingança – falou o mandatário ao LNET!

O ex-diretor defende que a quantia não foi exigida e que foi oferecida pelos pais do garoto, para ajudá-los.

- Na verdade, o atleta foi aprovado no teste e o pai dele que disse que tinha um patrocínio e iria ajudar o clube. Como tínhamos pouco apoio, aceitamos a ajuda - declarou.

Mas os conflitos não param por aí. Dois jornalistas da cidade, Guilherme Maia, do Correio Mariliense, e Jorge Luiz, de uma emissora local, também registraram boletim de ocorrência na Polícia Militar contra o cartola, que, segundo eles, impede o trabalho da imprensa no Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal.

- Fomos impedidos de entrar. O segurança mandou nos retirarmos. Estamos proibidos de entrar ao estádio pelo presidente do Marília, que nos disse "Você está proibido, mal intencionado, faz fofoca. Você não está autorizado para fazer trabalhos aqui" - afirmou o jornalista Guilherme.

A polêmica surgiu depois dos jornalistas noticiarem a contratação do jogador Julio César, ex-Criciúma. Na oportunidade, eles fizeram uma matéria levantando o problema que o atleta se envolveu com a polícia de Florianópolis, quando foi confundido com outra pessoa acusado de fazer gestos obscenos em uma escola da cidade.

Desde então, a relação dos profissionais com Hely Bíscaro ficou desgastada e a presença deles é barrada no clube.

- Esses dois jornalistas procura criar fatos pra gerar desgaste da imagem do clube, eu tomei as dores do atleta. Eles não ouviram o jogador, o clube, e gerou um desgaste. A proibição não é contra o veículo e sim os profissionais, que possuem este histórico – defendeu o cartola.

As histórias viraram casos de polícia e ainda aguardam a decisão da justiça. Enquanto isso, o futebol fica em segundo plano, com o Marília se preparando para o Campeonato Brasileiro Série C.

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