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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira que irá pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) instale inquérito criminal para investigar as supostas condutas ilegais do ministro do Esporte, Orlando Silva, e do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que foi ministro da Pasta de 2003 a 2006. A intenção é a de apurar a participação dos dois no esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo, denunciado pelo policial militar João Dias Ferreira no fim de semana, à revista “Veja”.
De acordo com o PM, o ministro Orlando Silva é o mentor do esquema, que calcula-se que tenha desviado cerca de R$ 40 milhões em oito anos.
– A instauração do inquérito reflete a necessidade de apuração desses fatos, investigação que, aliás, o próprio ministro Orlando Silva, em expediente que a mim dirigiu ainda ontem, pede que seja feita – contou o procurador.
O ministro esteve nesta quarta novamente no Congresso Nacional para depor sobre o Segundo Tempo, desta vez no Senado Federal. Na ocasião, manteve o discurso de defesa dos últimos dias, atacando o denunciante João Dias e o motorista e faz-tudo de uma das ONGs acusadas, Célio Soares Pereira.
– Essa acusação é uma fraude. Insisto, onde estão as provas? Tenho a convicção do meu caráter e reajo ao linchamento público que atinge a minha honra – disse, indignado, Orlando Silva.
O ministro depôs no Senado durante mais de quatro horas, mas na saída não falou com a imprensa.
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