Palmeiras: Há quase dez anos, ao menos um baque por ano

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A torcida do Palmeiras começa a semana ainda de cabeça inchada com o massacre de quinta, quando a equipe foi atropelada pelo Coritiba, por 6 a 0, pela Copa do Brasil.
O resultado expôs problemas de relacionamento no elenco, tirou Luiz Felipe Scolari do "posto" de incontestável e acabou com esperanças do título nacional. Em cinco meses no ano, o Verdão já tem seu primeiro trauma para superar.
Os grandes baques têm sido frequentes na Academia de Futebol desde 2002, ano da queda para a Série B, o maior vexame da história.
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Com exceção de 2005, em que nenhum grande trauma marcou a vida palmeirense, em todas as demais temporadas houve uma baque com consequências negativas.
– Foi uma vergonha para nós. Isso entra como uma coisa negativa na carreira de todos nós jogadores – desabafou São Marcos, ainda no gramado, na última quinta-feira.
O ídolo é o único do atual elenco que já superou todos os outros traumas da década. Dos 7 a 2 para o Vitória, em 2003, à perda do Brasileirão de 2009. Em alguns, o Santo não estava em campo, como a eliminação para o Goiás na Copa Sul-Americana do ano passado (ver abaixo).
No período em questão, o título do Paulistão de 2008 e três conquistas de vaga na Libertadores fizeram o torcedor palmeirense respirar.
A expectativa de Felipão, após a eliminação no Paulistão, era chegar à decisão da Copa do Brasil: sonho que só será realizada com milagre depois do goleada de quinta, que explodiu nova crise no Palmeiras.
– Agora, temos de ter outro procedimento e recuperar a autoestima. O grupo, até o jogo contra o Coritiba, foi espetacular – analisou Felipão.
A meta passa a ser o Brasileirão, com estreia marca para 22 de maio, contra o Botafogo. Ajustes no elenco serão feitos para esquecer o trauma.
Os mais diversos traumas que marcaram os palmeirenses
2002
O maior de todos os traumas da história do clube aconteceu no fim do ano, com a queda à Série B.
2003
Ano da recuperação começou de forma trágica. Em abril, um vexatório 7 a 2 para o Vitória, no Palestra, pela Copa do Brasil, agravou crise. Depois, a equipe se recuperou e respirou com a conquista do título da Segundona.
2004
Time decepcionou ao ser eliminado por Santo André e Paulista, na Copa do Brasil e Paulistão: novos questionamentos. Ano terminou com conquista vaga na Libertadores.
2005
Ano sem grandes traumas e conquista de vaga na Libertadores.
2006
Time só não caiu por combinação de outros resultados. Levou uma surra em casa do Inter no fim do Brasileiro.
2007
Fiasco no fim do ano: perda de vaga na Libertadores, em casa, com derrota para o Atlético-MG. Caio Júnior caiu.
2008
Ano começou com alívio e festa: título do Paulistão. Expectativa cresceu. Mas ano acabou com desmanche e ataque de torcida organizada contra Luxa.
2009
Após liderar o Brasileiro, perda do título e de vaga explodiu uma crise.
2010
Já com Felipão, time sonhou com título da Sul-Americana. Com vaga na final na mão, perdeu em casa para o fraco o Goiás. Nova crise no Palestra.
Com a palavra: Mustafá Contursi
Presidente na queda à Série B e nos 7 a 2 para o Vitória
"Derrota humilhante já levou à recuperação"
"Resultado da Copa do Brasil foi consequência da eliminação do Paulista, que foi em jogo tenso, que causou impacto na equipe. O time tem limitações reconhecidas. Perdeu dois jogadores que estavam bem entrosados, como Cicinho e Valdivia. Tenho certeza de que vai se recuperar. Cito como exemplo quando tivemos uma derrota humilhante na Copa do Brasil contra o Vitória, no Palestra. Aquele jogo serviu para mudanças importantes que nos levaram a uma recuperação para a disputa da Série B. Subimos e conseguimos deixar o time de volta na Libertadores. Sofri um momento ruim, como presidente e saímos para uma reação."
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