Neymar é o fiel da balança para os planos do Santos

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Vender Neymar e ficar com 30 milhões de euros (R$ 69 milhões) do montante total, ou segurar a maior Joia do Brasil até a Copa do Mundo de 2014, sem receber nada? O Santos escolheu a segunda opção, apostando em retorno por outros meios, excluindo a negociação propriamente dita.
Mantendo o atacante no Peixe até 2014, o clube acredita em retornos intangíveis. Alguns exemplos disso seriam: mais torcedores e patrocínios mais rentáveis – a intenção é engordar o acordo com a BMG de R$ 20 milhões para R$ 24 milhões.
A marca do Alvinegro também passará a valer mais, o que vai gerar novas receitas. Mas os principais ganhos são os títulos – até o momento, Neymar foi protagonista no bicampeonato Paulista, na Copa do Brasil e no tri da Libertadores.
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DIS pode cobrar indenização de Santos e Neymar
Com o dinheiro que receberia em uma suposta venda de Neymar, referente a 50% do montante total – 40% seriam da DIS, 5% da Teisa e 5% cedidos pelo Peixe ao próprio craque –, o clube poderia bancar um grande nome da Europa, como por exemplo Fábregas, do Barcelona (ESP).
Também continuaria recebendo 30% dos contratos de publicidade do camisa 11 – anualmente, o Peixe ganhava aproximadamente R$ 2,8 milhões com os atuais acordos da Joia, sendo que hoje o craque não negocia nenhum contrato por menos de R$ 2 milhões por temporada – e seu vínculo permaneceria vigente até agosto de 2015.
Pesos e cifras diferentes, que dividem opiniões. De qualquer forma, os santistas vão comemorar a permanência do craque desfrutando de seus dribles na Vila Belmiro e Brasil afora até a Copa do Mundo.
Prêmios rendem até R$ 25,2 milhões
Se Neymar continuar eficiente, "dando" mais títulos ao Peixe nas próximas temporadas, o clube pode faturar aproximadamente R$ 25,2 milhões só com premiações por conquistas. Tal valor corresponderia ao arrecadado em uma temporada perfeita, com conquistas do Paulistão, Brasileirão, Libertadores e Mundial.
As taças deste ano renderam cerca de R$ 9,1 milhões em prêmios diretos ao Santos. Isso sem contar os valores de bilheteria arrecadados na campanha do tri da América – cerca de R$ 7 milhões. O Brasileirão deste ano dará mais R$ 8 milhões ao campeão, enquanto o sonhado Mundial de Clubes renderá aproximadamente R$ 8,1 milhões.
Inversão de 'fenômenos'
O marketing do Santos tem convicção de que o clube acertou em cheio ao segurar Neymar até 2014, mesmo perdendo a bolada com a venda do craque.
De acordo com o gerente do departamento, Armênio Neto, é a hora do clube se aproveitar de um fenômeno inverso ao dos anos 90, quando o Peixe vivia época de "vacas magras" e, consequentemente, perdeu espaço e torcedores.
– Sofremos com isso anos atrás. Não tínhamos ídolos e os filhos santistas foram torcer para outros times. É a hora de inverter isso. Vale mais ele ir daqui a alguns anos, sem ser vendido, do que vender e colocar milhões no caixa – projeta.
Para continuar "roubando" filhos de torcedores rivais para o Santos, o clube pretende fazer uma pesquisa própria de torcida e saber a real situação atualmente.
Tudo para tornar possível o ambicioso sonho do presidente Luis Alvaro Ribeiro, de tornar o Alvinegro o terceiro time mais popular do País em até dez anos.
– Vi um grande crescimento de torcida no São Paulo, entre o final dos anos 80 e o começo dos anos 90, sem a estrutura de mídia que temos hoje. Performance aliada à permanência de ídolos é fatal para crescimento da torcida – garante.
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