Maradona tentará acordo com Fisco Italiano

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O ex-jogador argentino Maradona se considera a vítima mais famosa da Agência Tributária Italiana, que lhe reivindica cerca de 40 milhões de euros (R$ 100,9 milhões) por supostos impostos não pagos durante a época em que o astro argentino era jogador do Napoli, de 1984 a 1991, e disse que quer vencer a guerra contra o Fisco em nome de outras pessoas a quem considera vítimas.
Foi o que declarou o advogado do ex-jogador na Itália, Angelo Pisani, em uma declaração enviada neste sábado à imprensa, na qual transmite a solidariedade com as pessoas que se suicidaram devido a problemas com o Fisco, manifestada por Maradona via telefone de Dubai, onde treina o Al Wasl.
- Agora a opinião pública sabe tudo, está mais perto dos maltratados e das vítimas do Fisco e dos bancos. Eu, durante 25 anos, estive só, abandonado, perseguido e considerado culpado sem sequer ser julgado pelos juízes dos impostos. Fui tratado como um criminoso, violando minha dignidade humana e minha imagem esportiva - disse o ídolo argentino.
- Tive a força de resistir, mas posso entender quem não teve, sei o que se sente interiormente. Hoje quero ganhar esta batalha, sobretudo pelas vítimas do Fisco. Eu, embora seja o mais famoso deles, paguei caro em minha própria carne, sem ter nenhuma culpa - acrescentou.
Na próxima quinta-feira, será realizado na Comissão Tributária em Nápoles uma audiência pelo recurso apresentado pelos advogados de Maradona contra a dívida.
O astro garante que o problema com o Fisco é culpa de algum dirigente do Napoli que não o avisou a tempo, pois quando foi exigido o pagamento, 'El Pibe' já estava fora da Itália havia seis meses.
De acordo com a edição deste sábado do jornal esportivo "Gazzetta dello Sport", os advogados de Maradona propuseram ao Fisco uma reunião na próxima terça-feira em Nápoles para negociar um acordo que ponha fim ao litígio. Para isso, propõem a entrega de 3,5 milhões de euros (R$ 8,8 milhões) por parte do argentino com a condição de que sejam destinados a fins sociais.
A intenção de Maradona, segundo o jornal, é a de voltar ao território italiano na próxima semana não só para negociar pessoalmente a possível resolução do caso, mas também para assistir à final da Copa Itália, entre Juventus e Napoli, em Roma.
Na tentativa de recuperar a dívida, a Guarda de Finanças Italiana já confiscou de Maradona alguns brincos que o ídolo usava enquanto estava em um centro de emagrecimento do norte da Itália, que foram leiloados em 2010 por 25 mil euros (R$ 63 mil). E em 2006, aproveitando outra visita do ex-jogador ao país, foi confiscado um relógio Rolex avaliado em 11 mil euros (R$ 27 mil).
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