Leão prioriza jogos e diminui o ritmo nos treinos do São Paulo

- Matéria
- Mais Notícias
Não foi só o estilo “rabugento” que mudou. Além de um Emerson Leão mais light, o treinador também está diferente no que diz respeito ao planejamento do trabalho no CT da Barra Funda.
Em Cotia, durante a pré-temporada, chegou a comandar atividades com mais de duas horas de duração. Depois, no CT da Barra Funda, revezava entre dois períodos e um. Finalizações e coletivos eram marcas registradas da semana.
Resultado: muitas lesões musculares e problemas para escalar. Piris, Paulo Miranda, Edson Silva e Luis Fabiano são alguns exemplos. Depois de rever o trabalho, Leão resolveu “tirar o pé”, como costuma dizer, nos treinamentos. Exigência total nos jogos, mas atividades do dia a dia com menor intensidade e mais voltadas para a recuperação.
Na quarta-feira, depois de passar pelo Goiás, o técnico foi questionado sobre poupar alguns jogadores para domingo, contra o Botafogo. A tendência é a de que não faça, já que a semifinal da Copa do Brasil só acontece nos dias 13 e 20.
– Não penso assim (poupar). Preservamos no treino. Mudamos a filosofia do nosso treino e deu resultado. Esvaziamos o departamento médico. Não vou poupar contra o Botafogo visando o jogo contra o Goiás. Não vou beneficiar meu adversário tirando um jogador de qualidade do time – reconheceu o treinador são-paulino.
Hoje, coletivo é raro na Barra Funda. Quando acontece, serve para posicionamento dos atletas e sem exigência física. Alguns dias, como na última quinta-feira à tarde, os titulares nem são vistos. Ficam no Reffis e, supervisionados pelos preparadores físicos Sérgio Rocha e Zé Mário, fazem exercício funcional, para recuperação. Casemiro, por exemplo, se apresentou na sala de entrevista às 16h40, sendo que o treino começou às 16h. Esta é a nova “era” Leão.
O que mudou
Em Cotia
A pré-temporada teve treinos intensos e, em vários dias, em dois períodos. Os atletas ficaram concentrados duas semanas em Cotia. No período, Paulo Miranda teve uma lesão muscular. Rogério Ceni começou a sentir o ombro e Fabrício deu sinais da tendinite.
Poucos coletivos
Leão diz que gosta de coletivos, mas agora promove poucos. Douglas, por exemplo, ficou um longo tempo treinando com o time após se recuperar de uma pubalgia, mas só estreou quando pôde ser testado em jogo-treino. Os coletivos só acontecem quando há intervalo de uma semana entre os jogos.
Reapresentações
No dia seguinte aos jogos, os atletas não vão a campo, e fazem um trabalho funcional, que serve para prevenção de lesões e recuperação. Nesta semana, os jogadores voltaram da folga e se reapresentaram à tarde, o que não era comum recentemente.
Treinos mais curtos
As atividades têm menos de 2 horas.
No departamento médico
Rogério Ceni
Operou o ombro direito em fevereiro e só deve retornar a jogar em agosto.
Cañete
Recupera-se de cirurgia no joelho direito e já corre no campo para voltar.
Wellington
Operou o joelho esquerdo em abril, e só volta no fim desta temporada.
Fabrício
Quase recuperado, pode jogar na segunda rodada do Brasileiro. Sofreu lesão na panturrilha direita.
- Matéria
- Mais Notícias