Leão, enfim, admite ter divergências com a diretoria são-paulina

- Matéria
- Mais Notícias
A guerra foi declarada. Após troca de farpas de parte a parte, o técnico Emerson Leão, enfim, admitiu um problema com a diretoria do São Paulo. A relação desgastada há tempos, piorou com o afastamento compulsório do zagueiro Paulo Miranda, horas antes de um confronto contra o Ponte Preta, pela Copa do Brasil. O treinador reclamou, a diretoria desconversou. Mas as mensagens cifradas continuaram.
- A diretoria é o patrão, eu sou o empregado e existem divergências. Discordância de ordens pessoais, da leitura de um jogo ou de um atleta, todos nós temos. Diálogo deve existir entre nós, interferência não. Esse desgaste não soma nada, mas tem algumas discordâncias, nada mais do que isso - afirmou Leão, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN.
Na última sexta, o treinador ironizou ao parabenizar os jogadores dispensados por ordem da diretoria e que foram campeões estaduais em 2012, como por exemplo o atacante Dagoberto, atualmente no Internacional, e o volante Jean, no Fluminense. Mas, na ocasião, Leão evitou dar nomes.
Apesar das farpas e da lamentações, o técnico confessou não carregar mágoas do caso Paulo Miranda, negando interferência por parte dos diretores.
- Existiu autoridade. Presidente e diretoria têm autoridade para tomar atitudes de ordem financeira e onde quiserem. Não me disseram: "Não vai jogar Joaquim, mas você vai colocar Sebastião", isso é interferência. Quando você só fala que Joaquim não vai jogar, não existe interferência. Não me achei violentado na escalação. Não esperávamos, nem nós nem todos vocês (jornalistas). Não existe sequela e deixei no passado.
Perguntado se algum membro da cúpula do Tricolor "não vai com sua cara", o treinador preferiu não responder, mas disse que podem existir pessoas que queiram prejudicar o seguimento de seu trabalho.
Segundo informação da Estadão/ESPN, Leão estaria em dívida com a Receita Federal e, por isso, estaria forçando uma saída do São Paulo para receber um alto salário em outro clube, além do restante do contrato com o Tricolor. Mas o atual comandante tricolor rechaçou qualquer problema.
- Não devo absolutamente nada para ninguém. Dívida existe quando você para de pagar e não é o caso. Tenho um acordo de pagamento de REFIS (Programa de Recuperação Fiscal) de uma fazenda que vendi no Mato Grosso. Não preciso do dinheiro do São Paulo para isso. Tenho 49 anos de profissão para que eu não precise disso - declarou.
- Matéria
- Mais Notícias















