Inoperância do ataque pode mudar esquema no Botafogo

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Esquema 4-2-3-1 na berlinda. A derrota contra a Ponte Preta por 2 a 1, no Engenhão, no último domingo, ligou o sinal de alerta geral. A tática não se mostrou efetiva sem um atacante de movimentação, peça esta que atualmente o elenco alvinegro não tem. Ao técnico Oswaldo de Oliveira, cabe avaliar a mudança para outra formação ou trabalhar Loco Abreu e Elkeson para características bem diferentes das atuais. A curto prazo, a alteração tática seria o mais viável.
A discussão está aberta e a possibilidade de pintar uma nova formação não é impossível. Apesar de se dizer inclinado a manter o 4-2-3-1 até o fim do ano, Oswaldo de Oliveira é um grande adepto do 4-4-2 e conquistou o Mundial de Clubes em 2000, pelo Corinthians, com dois atacantes. O Botafogo só entra em campo daqui a 11 dias, no Engenhão, diante do Bahia: há tempo suficiente para ajustar a tática aos jogadores.
Pelas estatísticas, não há dúvidas sobre o sucesso do 4-2-3-1, mas desde que com o homem de frente certo. Herrera, atacante com agilidade reconhecida, deu conta do recado sozinho na frente e levou o Botafogo a números expressivos. Mas o argentino já partiu para os Emirados Árabes.
Sem Herrera, o Botafogo teve o seu pior jogo na parte ofensiva no Brasileirão, diante da Ponte Preta. Loco Abreu já revelou publicamente que tem dificuldade para encaixar no esquema, enquanto Elkeson não é um homem de área. Por quê os dois não podem se ajudar na frente? Que venham os treinos na semana...
ATACANTES NÃO FINALIZARAM A GOL
Na partida diante da Ponte Preta, os homens de frente do Botafogo ficaram tão isolados que tiveram participação muito pequena nas jogadas de ataque alvinegras. Loco Abreu, que ficou uma hora em campo, foi o jogador que menos tocou na bola o jogo inteiro: apenas 18 segundos, segundo dados do LANCE!Footstats.
Outro número que mostra a pouca presença do uruguaio nas jogadas é a falta de finalizações. Muito marcado e sozinho na frente, o camisa 13 não deu um único chute a gol o jogo inteiro, além de ter dado apenas quatro passes (dois certos e dois errados).
O substituto de Abreu, Elkeson, também foi pouco acionado. Ele teve só 24 segundos de posse de bola, justamente no momento em que o Botafogo mais procurava o ataque e não obtinha sucesso. Assim como Loco, ele também não finalizou a gol na partida.
O BOTAFOGO E O 4-2-3-1
O precursor
No início de 2011, Caio Junior fez o Botafogo adotar o sistema. Durante o Brasileiro, Loco era o centroavante. Herrera jogava na direita e chegou a reclamar por jogar “fora de posição”.
Chegada de Oswaldo
Quando o atual técnico assumiu, manteve o esquema, com Loco Abreu na área, mas com Herrera no banco.
Herrera assume vaga
Com os seguidos problemas de lesão de Loco, além de seus compromissos com a seleção uruguaia, Herrera entra no time. Em boa fase e se torna titular.
Loco: única opção
Após a saída do argentino, Abreu virou a única alternativa, mesmo com o camisa 13 não se adaptando ao estilo proposto por Oswaldo, afeito à movimentação.
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