Grêmio quer usar defesa 'atleticana' e mineira para parar Cruzeiro

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O duelo entre Cruzeiro e Grêmio da tarde deste domingo terá um toque de clássico mineiro. A dupla de zaga gremista, Werley e Gilberto Silva, ambos de Minas Gerais, tem passagens relevantes pelo Atlético-MG e conhecem muito bem o adversário das 16h deste domingo, no Independência, em jogo que terá transmissão em tempo real do LANCENET!
A dupla casou. Depois de indicado por Vanderlei Luxemburgo e contratado pelo Grêmio, Werley assumiu a titularidade ao lado do experiente volante, deslocado para a zaga. Foram 18 jogos na temporada do camisa 34. O camisa 3 tem quase o dobro: 30 jogos. Os dados são da parceria LANCE/FOOTSTATS.
Juntos no comando da defesa gremista, ambos tiveram 14 jogos. Destes, nove terminaram com vitórias do Tricolor. Em quatro oportunidades o Grêmio foi vencido, e em outra o time empatou. Werley rapidamente assumiu um papel de liderança no elenco, mesmo com apenas 23 anos. Gilberto leva a faixa de capitão no braço.
Os dois foram peças fundamentais nas campanhas no Gauchão e na Copa do Brasil, embora em nenhuma das competições o Tricolor tenha chegado ao título: nas duas competições, tiveram bons números: Gilberto Silva fez 15 desarmes em 15 jogos no Estadual; 15 em oito jogos na Copa do Brasil; e 11 em sete partidas do Brasileiro. Werley tem 18 em 8 jogos no Gaúcho; 14 em seis partidas na Copa do Brasil; No Brasileirão, são três em quatro jogos.
Ambos são velhos conhecidos do Cruzeiro. Werley cresceu no Atlético-MG, o grande rival da Raposa, e está acostumado a enfrentar o time azul. Gilberto Silva passou pelos dois outros grandes de Minas Gerais: o Galo e o América.
- Para mim é um pouco diferente pelo o que eu já vivi no passado jogando pelo América e pelo Atlético. Mas agora eu tenho de entender e eu sei separar muito bem, que as coisas agora são diferentes – explicou o capitão Gilberto, com exclusividade ao LNET!.
- Eu cresci enfrentando o Cruzeiro, conheço a grandeza desse clube. Acho que a diferença desse confronto vai ser a rivalidade, menor em relação ao clássico mineiro, um dos mais disputados do país. Mas tenho certeza que a dificuldade vai ser enorme – complementou, também em conversa exclusiva, Werley.
Assim como o Cruzeiro, o Tricolor não vence há dois jogos. A situação trouxe uma cobrança ao grupo durante a semana, com conversas internas comandadas por Vanderlei Luxemburgo. A retomada no Brasileirão passa pelo reestabelecimento da defesa, que antes dos jogos com Atlético e Santos, era a melhor do Brasileirão.
BATE-BOLA
Gilberto Silva
Capitão do Grêmio em entrevista exclusiva ao LANCENET!
1-Deu a coincidência de você e o Werley formarem uma zaga mineira no futebol gaúcho. Isso ajuda de alguma forma no entrosamento, na relação de vocês?
Pode ser que tenha ajudado. Não sei... Cada um tem procurado trabalhar bastante. Tanto eu como ele. Antes da chegada dele eu já tinha passado a atuar como zagueiro. Ele chegou e passou a jogar comigo. Acabamos nos acertando, principalmente no início dessa dupla. Nós tivemos uma boa sequência de vitórias e conseguimos nos entrosar bem. O fato de as vitórias terem acontecido no período de formação dessa dupla e do grupo do Grêmio foi importante. O mais importante é que cada um tem procurado dar a sua contribuição, trabalhado bastante.
2-Será especial para atuar novamente em Belo Horizonte após tantos anos?
Vai ser muito bom retornar depois de tanto tempo e agora jogando pelo Grêmio. Ano passado em joguei em Minas, mas não foi em Belo Horizonte e sim em Sete Lagoas. Querendo ou não é diferente. Tem o lado bacana e especial de estar voltando, mas ao mesmo tempo estou super tranquilo e sabedor da dificuldade que será enfrentar o Cruzeiro que precisa vencer também e jogando no Independência. Será sempre muito complicado vencer lá. O time que for lá enfrentar Cruzeiro ou Atlético, até pelo fato de o estádio se tornar um caldeirão, vai ter dificuldades. Temos de procurar fazer bem o nosso trabalho para que possamos sair de campo com uma vitória.
3-Vai ter família, será especial de alguma forma atuar novamente em Minas?
Vai ter sim (risos). Já tem uma galera para ir, assim como foi no ano passado em Sete Lagoas, na minha estreia pelo Grêmio, meu retorno à Minas Gerais.
4-Como é para você, criado no América-MG e com passagem marcante também pelo Atlético-MG, enfrentar o Cruzeiro agora vestindo outra camiseta?
Para mim é um pouco diferente pelo o que eu já vivi no passado jogando pelo América e pelo Atlético. Mas agora eu tenho de entender e eu sei separar muito bem, que as coisas agora são diferentes. Tenho de pensar que jogo em uma grande equipe e que vai enfrentar outra grande equipe. Não posso levar em consideração o fato de já ter jogado pelo Atlético e pelo América, de há ter sido adversário do Cruzeiro no passado. Agora é outro momento. Vou procurar fazer o meu trabalho como fazia antes.
5-Costumava ter sorte contra o Cruzeiro?
Sempre tive muitas vitórias contra o Cruzeiro. Acho que foram poucas derrotas, poucas histórias negativas, de derrotas. Espero que continue assim (risos).
6-As duas derrotas aumenta a responsabilidade do Grêmio no jogo?
Não tivemos uma semana que costumávamos ter, em razão dessas duas derrotas. Foi uma semana de cobrança, assim como em toda equipe grande que vem de duas derrotas na competição, mas também de muita conversa. Se analisarmos a tabela nós poderíamos estar praticamente na liderança se não tivéssemos perdido esses jogos. Não foi uma semana de cobranças acima do normal. Cada jogador se cobra muito, individualmente. Conversamos muito durante essa semana com o intuito de mudar isso. O baixo astral era grande depois do jogo contra o Santos. Temos que nos fortalecer para superar esse momento e voltar a vencer, já que a nossa responsabilidade é grande.
BATE-BOLA
Werley
Zagueiro do Grêmio em entrevista exclusiva ao LANCENET!
1-Deu a coincidência de você e o Gilberto Silva formarem uma zaga mineira no futebol gaúcho. Isso ajuda de alguma forma no entrosamento, na relação de vocês?
Acho que temos um perfil parecido, não por sermos mineiros, mas pela aplicação, dedicação. Sempre me espelhei no Gilberto Silva. Quando eu estava na base do Atlético, recebi um livro que tratava da carreira dele. É uma referência para todo jogador, por tudo que conquistou e pela maneira como conduz sua vida profissional. Acho que a minha admiração por ele ajudou muita a termos uma bola relação dentro e fora de campo.
2-Como é para você, criado no Atlético-MG, enfrentar o Cruzeiro agora vestindo outra camiseta?
Eu cresci enfrentando o Cruzeiro, conheço a grandeza desse clube. Acho que a diferença desse confronto vai ser a rivalidade, menor em relação ao clássico mineiro, um dos mais disputados do país. Mas tenho certeza que a dificuldade vai ser enorme. Esperamos conquistar os três pontos para recolocar o Grêmio no caminho das vitórias.
3-Vai ter família, será especial de alguma forma atuar novamente em Minas?
Sempre é especial voltar na sua terra. Ainda mais que é a primeira vez que visto a camiseta do Grêmio em Belo Horizonte, onde cresci. Com certeza vários amigos estarão torcendo por mim. Vai ser diferente. Espero fazer um bom jogo e ajudar o Grêmio a conquistar o objetivo final: vencer.
4-Costumava ter sorte com o rival mineiro?
Ah, joguei muitos clássicos, complicado estabelecer essa média. Ganhei muitos, mas era difícil vencer todos. É jogo muito equilibrado. Agora estou começando uma história no Grêmio e espero que ela seja de vitórias em todas as ocasiões, independente dos adversários.
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