Fifa adota discurso bipolar sobre a Lei Geral da Copa

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A Fifa não quer saber de "chutes no traseiro" do Brasil com relação à Lei Geral da Copa, pelo menos por enquanto. No discurso oficial da entidade, que se mostrou satisfeita com a aprovação do projeto na última quarta-feira na Câmara, a promessa é de não se intrometer na tramitação, que agora vai para o Senado e deve ser votada com rapidez.
Indagada se teria ficado feliz com o fato de ter que negociar com as cidades-sedes a questão da liberação da bebida alcoólica, a entidade máxima do futebol respondeu, em nota oficial, que não irá mais comentar o assunto, evitando entrar em conflito publicamente com os parlamentares brasileiros e não exigir prazos, como fizera o secretário-geral Jérôme Valcke.
No entanto, o discurso dos dirigentes fora da cortina montada pela assessoria da Fifa revela que a decisão dos deputados de passarem a bola para os estados não foi vista com bons olhos.
Aos jornais "Folha de S. Paulo" e "Estadão", o vice-presidente da Fifa, o argentino Julio Grondona - que também preside a AFA desde 1979 - demonstrou sua incredulidade com o impasse criado pelos parlamentares.
- Sabe o que parece? Que o Brasil está pedindo para que a Fifa tire do País a Copa do Mundo. É isso que vocês querem? É isso que está parecendo - disparou.
Apesar da reclamação e de precisar colocar o time em campo para dialogar com as 12 cidades-sede, a Fifa não deve ter dificuldades para conseguir a liberação das bebidas, já que o contrato assinado pelas capitais para receber os jogos da Copa-2014 prevê atendimento a todas as necessidades da entidade e de seus parceiros. Nesse jogo entra uma cervejaria que patrocina a Fifa.
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