Felipão admite ‘caça às bruxas’ com lei do silêncio

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A decisão do técnico Luiz Felipe Scolari de não permitir entrevistas do jogadores do Palmeiras foi uma espécie de "caça às bruxas", para ver quem está falando mais do que deve. Foi o que ele admitiu após o empate em 1 a 1 contra o América-MG, neste sábado.
O comandante, porém, afirmou que o elenco está liberado para falar com os jornalistas fora da Academia de Futebol. A medida continuará valendo na próxima semana.
- Vamos observar quais são as reações deles, se devemos dar oportunidade que eles falem dentro da Academia ou se continua assim, aberto para falar fora. Quando fala fora, expõe-se a cara e aí temos a chance de saber quem é que fala para vocês algo que faz parte do que não queremos - disse ele.
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- Vocês dizem que da porta para fora podem fazer tudo, então se manifestem fora. Tenho uma situação organizada, vou preservá-la. Quando alguém fala fora de casa opiniões que confrontem o que temos, aí vamos ver a situação que não está certa - declarou.
Segundo o técnico, os jogadores não atendem os jornalistas fora da Academia por terem medo da imprensa.
- Vocês que inventaram isso de lei do silêncio. Espera o jogador lá fora do CT e fala com ele. Eles podem, mas não têm medo de mim, eles têm medo de vocês. Sirvo para preservar alguma coisa. Eles têm medo de vocês e é bastante. Vocês intimidam. Podem fazer entrevistas fora, vamos ver quantos darão entrevistas. Eles têm bastante medo de vocês - afirmou.
Felipão afirmou que as reclamações de Kleber após o último jogo não influenciaram e que a decisão de acabar com as entrevistas na Academia foi para preservar o grupo.
- Isso não incomodou ninguém. Só quero preservar meu grupo de algumas situações para que não seja tão exposto, sem intrigas. Vocês sabem que dá porta para fora do Palmeiras eles podem falar à vontade - completou.
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