Espanha e Portugal garantem Copa mesmo em crise

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Portugal e Espanha, donos de candidatura conjunta a sede do Mundial de 2018, passam por profunda crise econômica. No entanto, garantem que, se eleitos no próximo dia 2, não terão problemas para organizar o torneio. A Fifa dá voto de confiança aos dois, que estão entre os favoritos, mas os riscos, afirmam especialistas, são reais.
A crise econômica que afeta o mundo derrubou de vez o mercado europeu este ano. Grécia e Irlanda terão ajuda internacional – para o segundo, o empréstimo será de 90 bilhões de euros (R$ 206 bilhões).
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Portugal é apontado como o próximo a receber ajuda. No entanto, o efeito seria pequeno sobre a candidatura local. O país já possui praticamente toda a estrutura exigida para o Mundial: os três estádios estão prontos, assim como os requisitos de transporte e hotelaria.
– A Eurocopa de 2004 deixou um grande legado para Portugal. Fizemos dez estádios, temos uma das melhores redes hoteleiras do mundo. Sem aquela Euro, não conseguiríamos um Mundial hoje – disse Antônio Florêncio, um dos responsáveis pela organização da Euro-2004.
A ajuda à Espanha poderia vir a seguir, com graves consequências para toda a Europa. A economia do país supera as de Grécia, Irlanda e Portugal juntas. A recuperação dependeria de diversos acordos e poderia levar até mesmo anos.
"Prevemos que a Espanha necessitará de ajuda em 2011. Como o fundo de ajuda não tem a magnitude para ajudá-la, o país teria de firmar empréstimos bilaterais com Alemanha e França", afirma o banco de investimentos dinamarquês Saxo Bank.
O Ministério da Fazenda espanhol já garantiu que o país não precisará de um plano de resgate, mas a Fifa está em alerta. Em relatório, ressaltou os "desafios financeiros" que a candidatura terá de enfrentar.
Vez espanhola
Nos bastidores, comenta-se que chegou a hora de um grande evento esportivo voltar à Espanha. O país concorreu à Euro-2004 e às Olimpíadas de 2012 e 2016, representada por Madri. Em todos, acabou derrotado.
A última grande competição na Espanha foram os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona.
AVALIAÇÃO DA CANDIDATURA (notas de 1 a 5):
Estádios
Dos 21 estádios propostos, sete estão prontos – incluindo os três portugueses. Os projetos foram aprovados, mas a situação econômica espanhola preocupa.
NOTA: 4
Hotéis
Foram apresentados 25 mil quartos a mais do que o pedido pela Fifa. No entanto, 40% deles estão em apenas duas cidades: as espanholas Madri e Barcelona.
NOTA: 4
Transporte
Aeroportos e trens de alta velocidade estão de acordo com o exigido pela Fifa. A preocupação é com o deslocamento dos turistas dentro das próprias cidades.
NOTA: 5
Segurança
Apesar de aprovado, o projeto, segundo a Fifa, não tem um conceito bem definido. A entidade aguarda detalhes. Os países não são focos de ataques terroristas.
NOTA: 5
Legado
Faltam informações sobre a integração das iniciativas do Comitê Organizador Local (COL) com os projetos sociais da Fifa. Por outro lado, há várias propostas.
NOTA: 4
Política
A candidatura possui força nos bastidores – boa parte devido ao carisma de Ángel María Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
NOTA: 5
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