Eduardo Paes, candidato no RJ: ‘Totalmente contra novo velódromo’

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Eduardo Paes é candidato a reeleição à Prefeitura do Rio de Janeiro. No comando do município desde 2009, Paes integrou a equipe que trouxe os Jogos Olímpicos para a cidade.
Sobre o evento, o atual prefeito defendeu o projeto de revitalização da zona portuária e criticou a estrutura do velódromo construído para as competições de ciclismo dos Pan-Americano-2007:
– Aquela estrutura foi feita sem prever a Olimpíada.
- Marcelo Freixo, candidato do PSOL: 'Transolímpica é crime ambiental'
- Rodrigo Maia, candidato do DEM: 'Novo velódromo é desperdício de dinheiro'
- Otavio Leite, candidato do PSDB: 'Mais ênfase para atletas com deficiência'
- Aspásia Camargo, candidata do PV: 'É inaceitável reformar o Maracanã após a Copa'
- Antônio Carlos (PCO), sobre Olimpíada: 'A população não foi consultada'
- Cyro Garcia, do PSTU: 'Projetos como o do velódromo serão interrompidos'
- Fernando Siqueira (PPL), sobre velódromo: 'Sou contra derrubar obras prontas'
Confira mais uma entrevista da série com os candidatos à Prefeitura da cidade do Rio.
Aonde serão alocados moradores que sofrerão com as desapropriações decorrentes das obras do entorno do Maracanã e para a Olimpíada?
No caso do entorno do Maracanã, não tem nenhuma desapropriação relacionada à Copa. Estamos reassentando a favela do Metrô, mas para um conjunto habitacional do outro lado da linha do trem. Ali é uma questão de dar condições adequadas de vida para as pessoas que estão entre uma rua e o muro do trem. A gente está dando apartamento para todo mundo, do outro lado da linha do trem, mas não tem nada a ver com Copa. No caso da Olimpíada há uma desapropriação, um reassentamento, que é o da Vila Autódromo, algo conhecido desde 2008, quando se construiu a proposta da Olimpíada. Mas essas pessoas só sairão dali depois de terem os apartamentos. Estamos fazendo um condomínio para eles a 800 metros do lugar que eles moram.
Qual sua opinião quanto à necessidade da construção de um novo velódromo, orçado em R$ 115 milhões, visto que temos um equipamento inaugurado há cinco anos?
Sou obviamente totalmente contra. Estamos fazendo estudos agora buscando adaptar aquele velódromo. O que a gente vai pesar é isso, a decisão final deve ficar pronta até o fim do mês. A decisão que a gente tem de tomar é essa: há uma estrutura pronta que foi feita sem prever a Olimpíada, mas que você pode adaptá-la ou fazer uma nova. Acho que o caminho terá de ser ir para o mais barato, então estamos fazendo o estudo de viabilidade. Acho que será mais adequado, conveniente e mais correto fazer assim.
Qual sua opinião em relação ao atual plano para o Porto? Poderia mudar algo em relação ao que está sendo levado adiante?
Como o projeto é da nossa autoria, óbvio que vou manter. Claro que este é um projeto que vai se ajustando permanentemente, mas com nenhum ajuste grande. Ninguém tem como voltar atrás nisso, está contratualizado. É um projeto importante que revitaliza uma região. Tenho orgulho de ser o autor do projeto, inclusive da derrubada da perimetral.
O que pretende fazer para ajudar na massificação do esporte na cidade, tendo em vista não apenas o incentivo já existente a alguns atletas de ponta?
Até o fim do ano teremos as Vilas Olímpicas de Mato Alto, Vila Isabel, Caju, Honório Gurgel, Guaratiba e Ilha. A gente tem o Programa Rio em Forma, que universaliza bem o acesso. Nas escolas municipais, fizemos uma super contratação de professores de Educação Física. Na universalização e o acesso à pratica esportiva, acho que vamos muito bem. O que não é papel direto da Prefeitura e a gente está se metendo um pouco nisso é a questão do alto rendimento, que fizemos através do Time Rio Olímpico e Paralímpico, que foram duas iniciativas super bem-sucedidas. Nunca dá para a Prefeitura cumprir com o papel do governo federal, que é o do alto rendimento.
Contratos selados para obras da Olimpíada poderão passar por alguma revisão? O candidato se compromete com o que foi acordado com o COI para a realização do evento?
Óbvio que tem questões centrais na Olimpíada que não podem ser mudadas. Imaginar que você não faz o Parque Olímpico no autódromo é não querer Olimpíada, imaginar que a Vila dos Atletas não vai ser aonde ela vai ser é não querer Olimpíada, imaginar que a Vila de Mídia não vai ser aonde ela vai ser é não querer Olimpíada. Ajustes são sempre possíveis, mas ajustes que eu chamaria de marginais, nunca ajustes no núcleo do projeto que está decidido, debatido, aprovado, discutido e mostrado há muito tempo. Tem a questão do autódromo que é compreensível, os governos falharam ao não deixar o autódromo novo pronto. Vai ter um período sem autódromo, a Prefeitura do Rio vai ajudar e patrocinar o Campeonato Carioca em autódromos de Minas. Tudo é uma dificuldade, mas é uma circunstância que temos de viver e não errar mais. Me comprometo com tudo que foi acordado. Está tudo assinado, inclusive com a minha assinatura.
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