Dilma Rousseff decide o futuro de Orlando Silva
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Mal desembarcou em Brasília, vinda da África do Sul, nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff foi de helicóptero para a sua residência oficial, no Palácio da Alvorada, onde era aguardada pelos ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além de Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência). A reunião durou cerca de duas horas e, na saída, ninguém se pronunciou.
O encontro tinha uma questão importante a ser tratada: as acusações do policial militar João Dias Ferreira ao ministro do Esporte, Orlando Silva. O PM disse, no último fim de semana à revista “Veja”, que o ministro é o mentor de um esquema de desvio de recursos públicos no programa Segundo Tempo. A intenção da presidente era a de ouvir seus ministros antes de tomar qualquer decisão sobre o futuro do político.
Antes de deixar a África do Sul, Dilma foi questionada sobre a situação de Orlando Silva e o defendeu, dizendo que não se pode “fazer apedrejamento moral de ninguém”. Contudo, nas entrelinhas, confirmou a informação que circula nos bastidores de que estaria negociando com o PCdoB para que o partido entregue a Pasta – o que significa a saída de Orlando – para preservar a imagem do governo.
– O governo não fez, não fará julgamento precipitado de quem quer que seja. Temos de adotar um processo sistemático de investigação. Eu vou olhar tudo com tranquilidade e tomarei as posições necessárias para preservar, não só o governo, mas preservar os interesses do país – afirmou a presidente.
Preocupado com a manutenção da Pasta, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo esteve no Palácio do Planalto. Na ocasião, frisou que a parceria com o governo não será abalada pelo episódio.
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