Desembargador cobra transparência de Teixeira na CBF

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O desembargador federal do Tribunal Regional da 3ª Região, Fausto Martin De Sanctis, cobrou transparência sobre o destino dos lucros da CBF. A gestão de Ricardo Teixeira à frente da entidade recebeu duras críticas do magistrado durante o seminário "Lavagem de dinheiro no futebol", nesta quarta-feira, no Ministério da Justiça, em Brasília.
Sanctis explicou que o futebol é o meio com o maior número de casos de lavagem de dinheiro, por conta da vulnerabilidade da Lei, que o trata como crime comum.
O combate, segundo ele, deveria começar pelo tombamento do futebol como patrimônio nacional, e a investigação das entidades relacionadas e que lucram com o esporte.
- Não há acesso razoável à documentação e a justificativa de autonomia do futebol é sempre utilizada. Não há mais espaço para essa blindagem, que mascara desvio de recursos ilícitos. Não basta a celebração de festas. Tem de haver o acompanhamento depois, para garantir a boa aplicação dos recursos. A CBF tem muitos lucros e deve ser investigada - concluiu.
O desembargador criticou ainda a participação de Ronaldo no Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL). Segundo ele, atletas deveriam ser protegidos pelo Estado da utilização como "laranjas" por dirigentes supostamente envolvidos em corrupção, como é o caso do presidente da CBF.
- Jogador não pode ser objeto. Deve ser protegido pelo Estado, principalmente no caso de ser utilizado como um laranja, como o Ronaldo está. É um exemplo ético reprovável - disse.
Para provar a vulnerabilidade do futebol, Sanctis precisou que, em 2007, de mais de mil transferências de jovens para fora do país, apenas 346 foram registradas. O restante, para ele, ou foi fechada em espécie ou em outro tipo de acerto.
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