Confederação Brasileira de tiro com arco no vermelho

- Matéria
- Mais Notícias
O tiro com arco passa por sérias dificuldades financeiras. A Confederação Brasileira do esporte (CBTArco) mantém-se apenas com aporte da Lei Agnelo-Piva e não consegue garantir a realização de torneios e o envio de atletas para competições.
Uma das alegações feitas pela confederação para operar no vermelho tem a ver com um projeto da Petrobras. Em matéria de julho do ano passado, o LANCENET! deu detalhes de projeto da estatal voltado ao investimento em cinco modalidades visando à Olimpíada de 2016, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Uma das modalidades era o tiro com arco. Porém, posteriormente, foi substituída pelo remo (a Petrobras nega; leia abaixo). A decisão revoltou a direção da CBTArco.
– Foi decisão política, e não de competitividade. Isso envolve grandes coisas que é melhor nem falar – disse a gerente executiva da CBTArco, Pierina D'Amico.
Assim, as receitas da confederação se resumem ao que é recebido pela Lei Agnelo-Piva, o que totaliza cerca de R$ 1,3 milhão. Os patrocinadores, que seriam outra saída, também são escassos.
Magic Paula, ex-jogadora de basquete e presidente do Instituto Passe de Mágica – que faz a "ponte" entre o dinheiro que sai da Petrobras e chega às confederações – defendeu o procedimento adotado. Além do remo, recebem verba do projeto taekwondo, esgrima, boxe e levantamento de peso.
– É impossível contemplar todos. A escolha foi feita pela Petrobras e vai haver quem fique chateado – disse Paula.
Petrobras rebate protesto
Contatada pelo L!, a Petrobras, por meio de sua assessoria de cultura e esporte, negou que o tiro com arco fizesse parte do projeto. Além disso, defendeu os critérios adotados para a seleção dos esportes, e também negou qualquer tipo de interferência política na escolha.
"Foi um trabalho em conjunto. Ouvimos atletas, confederações, além de várias pessoas ligadas ao esporte, até mesmo jornalistas. Detectamos as modalidades mais carentes e com possibilidade de medalha. O critério foi absolutamente técnico mas, claro, quem ficou fora reclamará. Não temos como incluir todas", disse a entidade.
A primeira modalidade beneficiada será o taekwondo, que terá sua viagem para o torneio US Open custeada pelos recursos da estatal.
- Matéria
- Mais Notícias