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A cultura dos clubes brasileiros de trocar de técnico constantemente é retratada de forma fiel no Carioca. Só este ano, foram 15 mudanças nas 13 rodadas disputadas (considerando a semifinal e final da Taça Guanabara). No campeonato “derruba técnico”, só cinco dos 16 que iniciaram a competição permanecem no cargo desde o início.
Na curta lista dos técnicos que não perderam seus empregos estão os dois finalistas da Taça Guanabara. Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo, e Alfredo Sampaio, do Boavista. Paulo Campos, Josué Teixeira e Roy, do Resende, Nova Iguaçu e Madureira, respectivamente, também permanecem no comando. Este último é o que está no cargo há mais tempo. Completa mês que vem dois anos à frente do Tricolor Suburbano.
– Mesmo com os resultados adversos nesta temporada, temosumprojeto a longo prazo. O único campeonato que a maioria dos pequenos disputa é o Carioca. Por isso muitas mudanças. Se perder três jogos pode ficar complicado – disse Roy.
Mas nem todas as demissões aconteceram por decisão das diretorias. Em quatro delas, o próprio técnico tomou a iniciativa e deixou o cargo. No Fluminense, atual campeão brasileiro, Muricy Ramalho pediu as contas após reclamar da falta de estrutura para trabalhar nas Laranjeiras. Joel Santana, ex-Botafogo, o atual campeão carioca, também fugiu da raia.
No início da competição, Dário Lourenço trocou o Macaé pelo Volta Redonda, equipe pela qual foi vicecampeão Carioca em 2005. Há poucos dias, Toninho Andrade saiu do Americano para treinar o Rio Branco (ES), em busca de contrato longo. Logo depois, acertou seu retorno ao Rio de Janeiro para comandar o Macaé.
– Volto em um momento importante. Teremos a chance de disputar à Série C – disse Toninho, que deixou o Macaé na Taça Rio do ano passado.
Os campeões de mudanças este ano são Americano, América, Cabofriense e Macaé, com duas. Vasco, Botafogo, Fluminense, Bangu, Olaria, Volta Redonda e Duque de Caxias trocaram uma vez. Ano passado, os que mais mudaram foram Boavista e Americano, com três cada. Mas há os que nadam contra a maré.
– No Madureira, apesar dos maus resultados, a diretoria acredita no meu trabalho. Nunca fui demitido – disse um confiante Roy.
Quem ficou
Vanderlei Luxemburgo - Flamengo
Alfredo Sampaio - Boavista
Paulo Campos - Resende
Josué Teixeira - Nova Iguaçu
Roy - Madureira
Quem saiu
PC Gusmão - Vasco
Joel Santana - Botafogo
Muricy Ramalho - Fluminense
Gabriel Vieira - Bangu
Luiz Antônio Ferreira - Olaria
Márcio Bittencourt - Volta Redonda
Artur Bernardes - Duque de Caxias
Paulo Marcos e Toninho Andrade - Americano
Gilgon Gênio e Lulinha - América
Zaluar e Waldemar Lemos - Cabofriense
Dário Lourenço e Marcelo Buarque - Macaé
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