Câmara debate engenharia da Copa de 2014

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Durante audiência pública realizada nesta terça-feira, na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, em Brasília, executivos do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) expressaram suas preocupações com os atrasos nas obras dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, estiveram presentes na Casa o presidente nacional do Sinaenco, João Alberto Viol, e o presidente do Sinaenco São Paulo, José Roberto Bernasconi.
De acordo com os executivos, o Poder Público tem inúmeras deficiências, como a falta de pessoal capacitado para realizar projetos de engenharia e acompanhamento de obras. E isso é o ponto principal que diferencia o poder de execução de obras da iniciativa privada.
Para Bernasconi, é essencial ter projetos completos de engenharia já na contratação das obras, sob pena de ocorrerem atrasos ainda maiores. Segundo ele, com o projeto completo é possível acelerar processos. E o governo não faz essa exigência em suas licitações.
– Não tem como orçar e realizar obras sem projetos de engenharia. Ainda há tempo para isso. Mas é preciso trabalhar. A presidente Dilma tem de entrar em campo e assumir o controle – destacou.
Bernasconi criticou o "jeitinho brasileiro" de organizar projetos sempre na última hora, o que acarreta em aumento nos custos e na ausência de legado, como ocorreu no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro.
Para ele, o país deveria ter iniciado o planejamento do Mundial desde a desistência da Colômbia na disputa pela sede, em 2005.
– Há países que têm desastres naturais e precisam reconstruir tudo em período emergencial. Já nós criamos as nossas emergências sem necessidade. Não dá para deixar de lado cuidados com o meio ambiente e aceitar que haja contornos no que a legislação determina por conta de atrasos. O país precisa cumprir suas obrigações. O Brasil já está maduro para isso – finalizou.
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