Brasil aposta na experiência no Mundial de handebol

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Com uma média de idade de 26,6 anos, a Seleção Brasileira masculina faz sua estreia nesta sexta-feira no Mundial masculino que é disputado na Suécia. Às 18h30, a equipe, comandada pelo técnico espanhol Javier Cuesta, enfrenta a Áustria apostando na experiência dos jogadores para conseguir melhorar o mau desempenho dos anos anteriores. Dos 16 jogadores convocados, 11 tem idade superior a 25 anos. O mais velho é o central Léo, com 33 anos.
No Mundial de 2009, na Croácia, o Brasil ficou apenas na 21º posição. Nos dois anteriores, 2007 e 2005, disputados na Alemanha e na Tunísia, respectivamente, a Seleção ficou em 19º lugar. O objetivo este ano é ficar, pelo menos, entre os oito melhores colocados. Mas a tarefa não será das mais fáceis, já que no grupo estão seleções consideradas fortes, como Hungria (quinta no ranking mundial) e Noruega (10 no ranking). O Brasil ocupa apenas a 16º colocação.
Em entrevista ao LANCENET!, o ala Renato Tupan, de 31 anos e que já disputou dois Mundiais, afirmou que a experiência pode fazer diferença. Entretanto, acredita que o grupo da Seleção não pode ser considerado "velho", já que conta com jogadores jovens também - quatro jogadores possuem entre 21 e 22 anos.
- É uma mescla que pode dar muito certo. Temos os mais experientes, como eu, que acabam ajudando os mais novos durante a competição. Conversamos bastante, trocamos ideias e passamos um pouco dessa experiência de já ter jogado um Mundial para eles - disse Tupan, que está na Seleção desde 1999.
Para o Mundial, a Seleção não contará com o ala Bruno Souza, grande destaque do handebol brasileiro - em 2003 foi eleito o terceiro melhor do mundo. O jogador não atua pela Seleção há algum tempo e não foi convocado por Javier Cuesta.
Brasil e Áustria estão no Grupo B, juntamente com Islândia, Noruega, Hungria e Japão.
BATE-BOLA
Renato Tupan (ponta) - Exclusivo ao LANCENET!
LANCENET!: Como foi a preparação de vocês para este Mundial? Sente que a equipe está preparada para um bom desempenho?
Renato Tupan: A preparação, dentro do possível, foi muito boa. Antes de virmos para a Europa, treinamos em Blumenau e fizemos alguns amistosos na Argentina. Todos os jogadores estão empenhados para o Mundial.
LANCENET!: Você, com 31 anos, ainda sente ansiedade antes de um torneio tão importante?
Renato Tupan: Treinar é legal, mas jogar é mais ainda. Ficamos ansiosos, claro, mas a maioria já disputou um Mundial e sabe como é isso.
LANCENET!: Você jogou durante sete anos na Alemanha. O que pode passar de experiência para os outros jogadores, que ainda não tiveram essa experiência?
Renato Tupan: Hoje não existe mais essa diferança. A internet possibilita você ver vídeos e saber as informações sobre os rivais de outros países. A diferença é a barreira geográfica, só. No exterior temos a oportunidade de jogar cerca de 50 jogos na temporada. No Brasil isso é impensável.
LANCENET!: Esse grupo do Brasil, que está junto há bastante tempo, pode ser um diferencial no Mundial?
Renato Tupan: Acho que sim. Jogar com alguém que você conhece é bem mais fácil, aumenta a bagagem coletiva, o entrosamento é maior. Meu companheiro sabe a decisão que vou tomar, isso pode nos ajudar no campeonato sim.
Tabela do Brasil
14/01 - 18h30 - Brasil x Áustria
15/01 - 18h00 - Brasil x Islândia
17/01 - 14h00 - Brasil x Hungria
18/01 - 16h10 - Brasil x Noruega
20/01 - 14h00 - Brasil x Japão
Regulamento
As 24 equipes estão divididas em quatro grupos de seis seleções cada. As quatro primeiras de cada grupo avançam às oitavas de final.
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