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Autoridades mexicanas aumentam efetivo policial nas ruas

Dia 27/10/2015
22:36

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A dois dias do início dos Jogos Pan-Americanos, Guadalajara tem alternado robustez e fragilidade em seu programa de segurança. A onda de violência no México, provocada por confrontos entre narcotraficantes e os poderes públicos, fez com que fosse destacado um contingente de 11 mil policiais para a segurança do evento.

Mas nem tudo funciona como deveria. Todos os hotéis oficiais do Pan contam com aparelhos de raio-x, além de proteção policial. Só que, em alguns, os agentes de segurança ainda não apareceram e as máquinas continuam desligadas.

A segurança na entrada das instalações esportivas também deixa a desejar. Se no treino da Seleção Brasileira de tênis de mesa os repórteres e suas bolsas foram revistados, para se entrar no centro de imprensa, por vezes, nem é necessário mostrar as credenciais.
Até os responsáveis por garantir a segurança dos Jogos não conseguiram afinar o discurso. Ontem, o prefeito de Guadalajara, Jorge Aristóteles Sandoval, que é vice-presidente do Comitê Organizador do Pan-2011, foi repreendido pelo presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Mario Vázquez Raña, após garantir que não ocorreriam episódios de violência durante as disputas.

– Não se deixem levar pelo discurso emocionado do prefeito. Não podemos assegurar que não vai acontecer nada. Nesses tempos, não há como adiantar nada – disse Vázquez Raña para, em seguida, frisar que todas as medidas para resguardar a segurança foram tomadas pelas autoridades locais.

Uma das garantias apresentadas pelos poderes públicos de Guadalajara para tranquilizar os participantes dos Jogos é a de que tanto a cidade quanto o estado a que pertence, Jalisco, não estão entre os mais violentos do México.

Apesar das falhas, o policiamento nas ruas e entradas das instalações é ostensivo. Policiais com armas de grosso calibre, a pé ou em carros, passaram a ser uma constante no cotidiano de Guadalajara.

Entenda o conflito

A violência no México

Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado recentemente colocou o México entre os países mais violentos da América Latina. Em 2010, 20.585 pessoas foram assassinadas em seu território, o que representa uma taxa de 18,1 mortes a cada 100 mil habitantes.

Homicídios

A taxa de homicídios no país cresceu 65% nos últimos cinco anos, de acordo com a entidade. Essa porcentagem é menor apenas do que El Salvador (66%) e Honduras (82,1%). Quem está abaixo, por exemplo, são Venezuela (44%), Guatemala (41,4%), Colômbia (33,4%), Brasil (22,7%) e Panamá (21,6%). Os estados mais violentos, segundo a ONU, são Chihuahua, Baixa Califórnia, Sinaloa e Guerrero. Entre as cidades, destacam-se Ciudad Juárez e Tijuana (confira mais detalhes no infográfico).

As causas

Um dos principais motivos da violência no México é o crime organizado relacionado com o tráfico de drogas. O país serve como uma porta de entrada de substâncias ilegais para o vizinho Estados Unidos. Dentro do país, há conflitos entre grupos diferentes de narcotraficantes por disputa de território e entre o crime organizado e as forças do governo, que tentam a todo custo combater as irregularidades.

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