‘Assustado’, Ibson torce por Copa tranquila na Rússia

O meia Ibson, do Spartak Moscou, se disse assustado após os atentados desta tarde no aeroporto de Domodedovo, na capital russa. Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, o ex-jogador do Flamengo falou sobre a complicada questão da segurança no país.

- Estávamos fazendo uma preparação na Turquia. Ficamos sabendo do que aconteceu e lamentamos muito pelas famílias. Realmente é algo que assusta, ainda mais para nós que andamos de avião toda hora - disse Ibson.

Há um ano e meio no Spartak, ele afirma que ainda considera a Rússia um país tranquilo e torce para que a situação se normalize para que a Copa do Mundo de 2018 seja realizada sem maiores problemas.

- Acho a Rússia um lugar bem tranquilo de morar. Coisas como essas, isoladas, já aconteceram em outros países aqui na Europa, como a Espanha por exemplo, e nem por isso se tornaram comuns - analisou.

- Torcemos e acreditamos que isso não irá mais acontecer. Acho que o país irá se preparar bem em todos os sentidos para a Copa do Mundo, inclusive na questão da segurança. Os cuidados com esse setor devem aumentar após o ocorrido - concluiu o meia.

Sem citar a Copa de 2018, Blatter envia comunicado oficial

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, emitiu uma nota lamentando o atentado que deixou 35 mortos e mais de 100 feridos. Apesar de se tratar do país-sede da Copa do Mundo de 2018, Blatter não fez qualquer menção ao evento e a possíveis medidas de segurança.

- É com uma grande tristeza que eu lhes escrevo hoje, tendo tomado conhecimento das trágicas mortes e ferimentos de tantas pessoas no aeroporto de Moscou. Em nome da Fifa e da família mundial do futebol, eu quero estender as nossas condolências a vocês, povo da Rússia, e, sobretudo, às famílias das vítimas - declarou em comunicado oficial.

Rússia tem histórico de atentados nos últimos anos

O trágico episódio desta segunda-feira chama a atenção do mundo do futebol pela proximidade da Copa do Mundo da Rússia e às complexas questões de segurança no país. Além do Mundial, o país sediará também o Campeonato Mundial de Atletismo, em 2013, em Moscou, e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sóchi.

Relembre alguns dos tristes casos recentes.

Outubro de 2002
Rebeldes chechênios fazem mais de 800 reféns em um teatro de Moscou. Após três dias, o exército russo invade a área utilizando um gás desconhecido. Ao todo, 170 pessoas morrem na operação.  

Agosto de 2004
Dois aviões - que haviam decolado do mesmo aeroporto de Domodedovo - explodem e matam 90 pessoas. Os terroristas embarcaram com bilhetes vendidos ilegalmente por funcionários.

Setembro de 2004
Novamente, chechênios fazem centenas de reféns – desta vez, em uma escola. E 331 pessoas morreram, metade crianças.

Março de 2010
Duas mulheres-bomba atacam estações de metrô em Moscou, fazendo 40 vítimas.