Soderling confessa que diretores de torneios focam em agradar aos 'tops'
Ex-tenista e ex-diretor do ATP 250 de Estocolmo, o sueco confirmou que há benefícios e prioridades para buscar satisfazer as vontades de tenistas mais bem ranqueados

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Ex-top 4 e ex-diretor do ATP 250 de Estocolmo, na Suécia, Robin Soderling concedeu uma entrevista ao Podcast Tennis em que falou sobre as polêmicas recentes nas quais Roger Federer foi citado como exemplo de tenista top que é beneficiado e provoca mudanças em torneios.
Soderling foi questionado sobre as declarações de Jullien Benneteau. Recentemente o ex-tenista francês havia dito que os torneios do circuito se preocupam em tratar bem os tenistas tops, colocando-os para jogar nas melhores quadras e horários.
- Os fãs querem ver os tops, as coisas são assim. Como diretor, você também deve ver o lado dos negócios e sempre quer o melhor para o torneio. Ouvi dizer que há torneios que até adaptaram seus pisos a pedidos dos tops. Os torneios precisam desses jogadores. Em nível financeiro, é preciso pagar muito a um top 5, por exemplo, o que é complicado. Geralmente, os tops não querem jogar um torneio ATP 250. Como diretor de Estocolmo percebi isso. É muito complicado para um torneio pequeno pois não temos força econômica. Nesse ponto, devemos fazer tudo para que (os tenistas tops) possam se sentir bem vindos nos torneios e isso pode aumentar as chances de que venham - afirmou.
- Alguns jogadores preferem jogar de dia e outros à noite. É difícil ter uma programação completa. Por isso, tentamos colocar os melhores na sessão noturno, que é quando as pessoas começam a chegar ao estádio após o trabalho. A TV tem muito poder porque vai pagar muito dinheiro para ter os direitos de transmissão e eles também querem ter os melhores no melhor horário para eles. Para um diretor de um torneio, organizar a programação é uma tarefa bastante complicada - explicou.
Soderling foi questionado se acredita mesmo que torneios mudem as características de piso na busca para atrair ou agradar a determinados jogadores, como confessou o ex-diretor do Masters de Paris Bercy, e foi categórico: "Eu diria que sim".
- Há muitos tenistas tops que fazem sugestões sobre o piso que querem. Às vezes, os torneios as cumprem e outras, não. Mas tentam fazer de tudo para que os tops joguem. Um ATP 250 ou 500 precisa deles e, com o decorrer dos anos, está cada vez menos habitual que joguem. E para os torneios é ainda mais complicado tê-los, por isso fazem de tudo para atraí-los - analisou.
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