Justiça de Andorra solicita extradição de Ricardo Teixeira

Juíza determina que ex-presidente da CBF seja investigado e julgado por suspeita de lavagem de dinheiro no país. Valores de propina chegariam a cerca de R$ 32 milhões

Ricardo Teixeira, presidente da CBF
Teixeira também é investigado na Espanha (Acervo)

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As investigações sobre Ricardo Teixeira ganharam novos desdobramentos. De acordo com informações divulgadas pela "Folha de S.Paulo", a juíza Canòlic Mingorance solicitou a extradição do ex-presidente da CBF para Andorra.

Atualmente, a magistrada é responsável por avaliar um suposto envolvimento de Teixeira em um processo de lavagem de dinheiro, em processo no qual também está incluído o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Segundo Mingorance, o ex-dirigente da CBF é suspeito de ser membro ativo da rede internacional.

No despacho assinado no início deste mês, a juíza diz que Teixeira teria lavado em Andorra mais de 8 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões) vindos de propina por venda de direitos para jogos de Seleção Brasileira. A Constituição do Brasil não permite extradição de brasileiros (à exceção de naturalizados) em caso de crime comum, ou comprovado em envolvimento ilícito de tráfico e entorpecentes. 

O ex-dirigente da entidade máxima de futebol no Brasil também é acusado em território espanhol por lavagem de dinheiro. A Justiça da Espanha afirma que Teixeira e sua ex-mulher tinham cartões de créditos bancados pela Uptrend, empresa de Rosell nos Estados Unidos. Segundo os investigadores, em cada jogo da Seleção Brasileira, a ISE, dona dos direitos das partidas, repassava uma quantia para a Uptrend.

O ex-presidente do Barcelona está detido em Madri desde maio de 2017. Rosell também é acusado de participar do esquema de lavagem de dinheiro.

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