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Processo do São Paulo após cânticos homofóbicos contra o Corinthians é adiado

Processo foi discutido em sessão nesta sexta-feira

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Izabella Giannola
São Paulo (SP)
Dia 17/10/2025
17:42
Cântico com cunho homofóbico foi entoado pelas arquibancadas durante clássico (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)
imagem cameraCântico com cunho homofóbico foi entoado pelas arquibancadas durante clássico (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

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O São Paulo teve seu julgamento por cânticos discriminatórios com cunho homofóbico da torcida contra o Corinthians adiado. A informação foi confirmada pelo STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva). A discussão aconteceu em sessão da Segunda Comissão Disciplinar nesta sexta-feira (17).

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O Tricolor teve o processo baixado em diligência para que sejam obtidas informações adicionais junto ao Corinthians.

O caso aconteceu em julho, dia 19, no Morumbis. A torcida do São Paulo entoou um cântico que tomou conta das arquibancadas.

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- Ronaldo saiu com dois travecos, o Sheik selinho ele foi dar, Vampeta posou pra G, Dinei desmunhecou, na fazenda de calcinha ele dançou. Todo mundo já falou que o gavião virou um beija-flor - diz a letra que foi cantada nas arquibancadas durante o Majestoso.

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O fato gerou denúncia da Procuradoria ao São Paulo por infração ao artigo 243-G do CBJD por praticar ato discriminatório. A Procuradoria sustentou que deveria ser aplicada a perda do mando de campo do time.

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- Há um amplo conjunto de provas nos autos, incluindo links e documentos, que demonstram a gravidade da conduta. Infelizmente, esse tipo de comportamento tem se proliferado, criando a impressão de que o futebol é espaço livre para manifestações discriminatórias. O Corinthians e o Palmeiras já sofreram punições semelhantes neste ano. A Justiça Desportiva agora tem a oportunidade de aplicar uma penalidade pedagógica. A Procuradoria recomenda, inclusive, a perda de mando de campo, pois multa sozinha tem se mostrado insuficiente - destacou o Procurador Leandro Rosa.

Pedro Moreria, advogado do São Paulo, repudiou a acusação ao lado de Felipe Carvalho, gerente jurídico do clube.

- O São Paulo jamais foi denunciado por homofobia neste tribunal. Não há provas que vinculem os vídeos à partida em questão. Nenhum registro indica data, placar ou presença do Corinthians em campo. Vivemos uma era de inteligência artificial, em que áudios e vídeos podem ser manipulados. Além disso, o árbitro Anderson Daronco afirmou que não ouviu tais cânticos. Por isso, solicitamos a inépcia da denúncia e afastamento do pedido de perda de mando de campo, considerando que o clube é primário e não possui histórico de incidentes desse tipo - destacou a defesa tricolor.

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Caso aconteceu no dia 19 de julho (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)
Caso aconteceu no dia 19 de julho (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

Julgamento será adiado

Após ouvir todas as sustentações, a Comissão determinou que irá adiar o julgamento para obter estas informações complementares por parte do Corinthians. Isso deve acontecer na próxima sessão da Segunda Comissão do STJD, que ainda não tem data marcada.

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