Para ter reforço, São Paulo estuda intensificar processo de naturalização de Arboleda

Zagueiro e Tricolor acertaram planos no início do ano, mas a contusão...

São Paulo -- Arboleda
Arboleda durante treino do Tricolor no CT da Barra Funda, em setembro (Foto: Divulgação/ São Paulo FC)

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Depois de ver o próprio Gatito Fernández ir a público, confirmar o interesse do São Paulo em seu futebol e admitir que a renovação de contrato com o Botafogo está complicada, o clube do Morumbi admite que pretende em 2023 tirar da gaveta um projeto que acabou esquecido, para usar como argumento para o goleiro paraguaio: a naturalização do equatoriano Arboleda.


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Segundo o LANCE! apurou, o número de estrangeiros no plantel são-paulino foi um dos fatores questionado por Fernández em seu contato inicial com o clube para avaliar o interesse em jogar no Morumbi.

O motivo é claro: caso o Tricolor passe o limite de cinco estrangeiros por jogo, estabelecido pelo regulamento da CBF, o goleiro não teria uma posição de titular garantida.

Atualmente, além de Arboleda, o São Paulo conta com o uruguaio Gabriel Neves, o colombiano Colorado, o venezuelano Ferraresi e os argentinos Bustos e Calleri. Todos vêm sendo constantemente relacionados para as partidas pelo fato de o zagueiro se recuperar de cirurgia no tornozelo esquerdo.

Agora liberado pelo departamento médico, tirará o lugar de uma das opções citadas, caso seja relacionado pelo técnico Rogério Ceni nas partidas finais do Campeonato Brasileiro.

Uma fonte ouvida pelo L! admitiu que é uma situação pela qual Gatito não quer passar. E há motivos para se preocupar. Arboleda, Bustos, Ferraresi e Calleri possuem contrato para iniciar 2023 no Tricolor. Emprestado pelo Nacional de Montevidéu, Gabriel Neves terá a cláusula de compra exercida pela equipe do Morumbi. Ou seja, dos gringos, apenas Colorado pode deixar o São Paulo, deixando a equipe com o limite de cinco estrangeiros.

De todos os gringos são-paulinos, Arboleda preenche os requisitos legais para pedir a naturalização brasileira ordinária. Está no Tricolor desde 2017, ou seja, mora no país há mais de quatro anos, o principal requisito legal. Também se comunica com fluência em português e não possui condenação penal.

São Paulo e Arboleda conversaram sobre o assunto no início do ano. E o camisa 5 se mostrou favorável. Esse, inclusive, foi um dos fatores nas negociações para renovação de seu contrato até o fim de 2024. O processo, rápido, de cerca de 15 dias, não afetaria suas convocações para o selecionado do Equador.

O curioso é que Gatito, alvo são-paulino para ser titular do gol no ano que vem, também atende os mesmos requisitos. Só no Botafogo está desde 2017, mas jogou antes por Vitória e Figueirense.

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DIREITOS E DEVERES DE ARBOLEDA BRASILEIRO

1 - PODE MUDAR SEU NOME PARA 'ALGO MAIS NACIONAL'

Direito presente na Constituição, o zagueiro poderia mudar seu nome e adotar uma lista de sobrenomes considerados tipicamente nacionais. Viria aí 'Roberto Andrade' ou 'Roberto Silva'?

2 - JURAMENTO À BANDEIRA PODERIA SER EVENTO CAPITALIZADO PELO SÃO PAULO

O juramento à bandeira é a cerimônia pelo qual todo naturalizado passa na hora de retirar o seu RG. Em crise financeira, o Tricolor poderia fazer um evento aberto à torcida para ver o equatoriano cantando o nosso hino.

3 - ARBOLEDA PODE SE ENVOLVER NA (POLARIZADA) VIDA POLÍTICA NACIONAL

Um documento que o equatoriano terá direito, se naturalizado, é o título de eleitor. Ou seja, a cada dois anos poderá participar da 'festa da democracia' e se juntar a milhões de brasileiros no ritual em que escolhemos nossos representantes. Também poderá se candidatar a cargos no legislativo e executivo, menos presidente. Para esse, é necessário ser brasileiro nato.

4 - BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA: CABO ARBOLEDA A SEU DISPOR

Outro ponto do qual Arboleda não escapa é do serviço militar obrigatório. Uma comissão decide se o equatoriano cumprirá o período mesmo depois dos 18 anos ou dispensado. Ou seja, terá reservista ou ajudará nossa nobre corporação na missão de pintar guias e asfaltar ruas. Ah sim, assina um termo se comprometendo a atuar pelo lado brasileiro em caso de conflito com o Equador. Senta a tábua Robert!

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