De folga no São Paulo, Rafinha almoça em favela no Recife, liga para Neuer e conhece ex-Corinthians: ‘Senti falta desse contato’

Lateral foi à Comunidade do Coque, em Recife, falou sobre a carreira e fez chamada com ídolo alemão


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O lateral-direito Rafinha, do São Paulo, aproveitou a folga que recebeu na última quinta-feira (18) do técnico Dorival Júnior e visitou a favela do Coque, em Recife (PE), com o influenciador digital pernambucano Ney Silva, conhecido pela amizade com vários jogadores de futebol famosos. No almoço, o veterano tricolor de 37 anos contou sobre a saudade que viveu do País após 16 anos no exterior, deu dicas de como prosperar na carreira, falou com Acosta, uruguaio que teve uma passagem apagada pelo Corinthians em 2008 e, no momento mais surpreendente, fez uma chamada de vídeo com o goleiro alemão Neuer, com quem jogou no Bayern de Munique e é amigo pessoal.

- Diretamente do Coque. Eu te acompanho faz tempo, mas ver a rapaziada aqui, como vocês levam a vida aqui é legal demais. Ver a alegria de vocês é muito bacana. Fiquei 16 anos fora do Brasil e sentia falta dessa brincadeira e contato. Mesmo sabendo das dificuldades, tem que correr atrás para triunfar na vida, acho legal.

- Eu vim de comunidade, sei como é. Tem que batalhar muito. Sabemos que nada é fácil. Gosto de acompanhar isso de perto, já estou no final da minha carreira. Os moleques do um pra um aqui podem ir para um clube. Vão para um fut7, para um profissional. Se puder ir para o futebol é melhor ainda. Torcemos para que saiam muitos Rafinhas daqui.

O veterano ainda comentou sobre qual o caminho para um garoto alcançar o sucesso no futebol.

- A primeira coisa, Ney, é a disciplina. Tem que ter disciplina. Se não tiver, não chega. O que é a disciplina? Treinamento, dedicação, profissionalismo. Descanso. Descanso também é treinamento. Juntamente com isso, a técnica. A possibilidade de se tornar um atleta profissional é muito grande. É bom de bola, habilidoso, faz gol no bairro, joga muito. E aí? Tem outro que treina demais, corre, é dedica, mas não tem a técnica. O cara que conseguir unir tudo isso, que não é fácil, porque se fosse, todo mundo ia conseguir. Nosso país? Cada 1 milhão, todo mundo quer ser jogador. Primeiro brinquedo qual que é? A bola. É o pior vestibular que a gente tem.

- Um menino que está começando hoje, primeiramente, se dedicar aos estudos, porque o futebol não é garantia para ninguém. Tem que estudar, se preparar, se dedicar. Quando a oportunidade aparecer, tem que estar preparado. Treina, treina. Tem que se dedicar. Hoje em dia, o futebol está globalizado. Todo mundo corre. Vai se destacar quem consegue unir o profissionalismo e o trabalho com a técnica. O menino que puser isso na cabeça vai chegar longe. As vezes não vai chegar num clube tão grande, aí vai em um pequeno, mas a oportunidade vai ter. O home lá de cima olha para todo mundo. São vários. Está cheio de armadilhas. Tem que tomar cuidado com o sereno. O sereno machuca. Hoje em dia, jogador que não dorme fica para trás. Pode um dia, dois, no terceiro... - concluiu Rafinha.

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