Sem Adryelson, São Paulo perde opções na zaga e pode ter improviso

Com poucas peças para o setor e negociações emperradas, defesa pode ter Rafinha como 'quebra-galho' até a chegada do reforço pedido por Ceni

Rogério Ceni
Com poucos nomes para a zaga, Ceni pode improvisar Rafinha no setor (Foto: Divulgação/São Paulo FC)

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O Botafogo encaminhou a contratação do zagueiro Adryelson, ex-jogador do Sport. Porém, acontece que o atleta estava na mira do São Paulo, que acabou atravessado pelo clube do Rio de Janeiro. Com isso, as opções para o setor vão ficando cada vez mais escassas para o técnico Rogério Ceni, que atualmente, por exemplo, já perdeu Miranda e Léo para os próximos jogos.

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Assim, acendeu novamente a necessidade do Tricolor paulista de ir ao mercado buscar possíveis nomes para a posição - algo que já foi pedido por Ceni em algumas ocasiões. O treinador conta com uma escassez na zaga. A vinda de Adryelson aliviaria um pouco este problema.

Tudo isso porque o clube está praticamente sem opções imediatas para reforçar o setor defensivo. Arboleda, por exemplo, não deve retornar nesta temporada.

O equatoriano passou por uma cirurgia no final de junho após ruptura dos ligamentos do tornozelo e uma fratura. Embora já esteja dando continuidade a seu tratamento no Reffis, as chances de voltar a jogar ainda este ano são baixas. Porém, o defensor era uma das principais opções de Ceni para a posição. Aparentemente o setor vive uma maré de azar.

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Miranda - um dos veteranos da equipe - começou a ganhar mais minutos em campo nesta temporada ao assumir o papel de Arboleda. Mas ficou de fora dos últimos treinamentos e do empate com o Fluminense por conta de dores musculares. Assim, duas opções a menos.

Léo se tornou outro problema. Contra a equipe carioca, no último domingo, o jogador deixou o gramado do Morumbi chorando no primeiro tempo. Embora o jovem atleta tenha surgido na base do Fluminense como um lateral, se adaptou bem cumprindo o papel de zagueiro no elenco do São Paulo. Ao que tudo indica, se trata de um edema na coxa. Mesmo que menos preocupante, deve ficar fora pelo menos esta semana. Um edema é um indício do começo de um desgaste. 

Desta forma, as opções se limitam ainda mais. Entre os titulares, o único 100% é Diego Costa. Além dele, só restam Luizão e Beraldo - que recentemente integraram a equipe profissional.

Estes pontos complicam o sistema de três zagueiros do São Paulo - frequentemente adotado pelo treinador. A falta de nomes experientes disponíveis pode fazer com que Ceni tenha que se desfazer desta linha defensiva ou pensar em outras alternativas.

É neste cenário que Rafinha pode surgir como uma salvação. Polivalente, além de lateral-direito, também consegue atuar na zaga. Isso foi visto em alguns jogos recentes do Tricolor. Contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, jogou na linha defensiva. Em alguns jogos do Paulista e da Copa Sul-Americana também exerceu este papel.

Durante a zona mista após o empate com o Fluminense, o camisa 13 falou sobre essa versatilidade. Para ele, não há problema algum em revezar as posições, já que se adapta em ambas.

- Eu não me machuco, estou sempre à disposição. Contra o Atlético-MG foi assim. Tive a oportunidade de jogar na defesa, na linha de três. Não vejo problemas, já joguei outras vezes assim e estou à disposição. Como lateral ou zagueiro, estou preparado para dar uma mesclada com os garotos - disse o veterano, que ressaltou a experiência no setor.

- No Bayern (de Munique) atuei muito assim, inclusive em decisões, jogos importantes. Me sinto à vontade para ajudar na zaga - completou o camisa 13.

Até o Tricolor trazer um novo nome ou os que são comumente titulares estarem recuperados, o veterano deve ser efetivado na defesa por algum tempo.

Na última semana, um defensor venezuelano de 23 anos entrou na mira do São Paulo. Vice-campeão mundial sub-20 pela seleção sul-americana, Nahuel Ferraresi pertence ao Grupo City.

O LANCE! divulgou nos últimos dias que o primeiro contato do Tricolor com os ingleses foi para tratar de um empréstimo com opção de compra. Mas o City só aceita negócio se for por compra em definitivo. Assim, estabeleceu o preço de 1 milhão de euros (quase R$ 6 milhões) para autorizar a transferência. 

Pelo venezuelano, o Tricolor estuda até mesmo iniciar uma parceria com o conglomerado que comanda o Manchester City, da Inglaterra, que ganharia prioridade na compra de alguns destaques revelados nas categorias de base. As discussões estão no início ainda.

A zaga, portanto, é um dos setores que tem mais exigido a vinda de um reforço nesta janela de transferências, que abriu esta segunda-feira, dia 18.

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