Santos dá sinais de melhora, mas vê ataque ruir e crise criar raiz
Peixe tem o segundo pior ataque da competição

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A crise no Santos parece não ter fim. Neste domingo (1), na Vila Belmiro, a equipe pressionou, criou chances, acertou a trave e parou em boas defesas de John. Mesmo com o apoio da torcida, porém, não conseguiu superar a defesa do Botafogo. O cenário ficou ainda mais dramático no segundo tempo, quando Neymar foi expulso e o time carioca marcou o gol da vitória.
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A equipe santista foi superior em volume de jogo na partida contra o Botafogo, mas voltou a pecar nas finalizações. A equipe santista finalizou 17 vezes, sendo quatro em direção ao gol e apenas uma considerada grande chance. No controle da posse, o time também se destacou, com 253 passes certos em 300 tentados e cinco escanteios a favor. Apesar da pressão, quem foi mais eficiente foi o Botafogo, que criou 12 oportunidades e converteu uma delas, garantindo o placar a seu favor.
A situação ofensiva, inclusive, foi um dos assuntos comentados pelo técnico Cleber Xavier em entrevista coletiva. Ele reconheceu a dificuldade do time em transformar as chances em gols e destacou a necessidade de ajustes.
— Quando a gente fala sobre ser mais efetivo. Precisamos ser mais efetivos. A gente está criando as oportunidades. Não estamos conseguindo ser efetivos. A segunda forma é a mudança. Testar, experimentar situações. Seguir trabalhando, analisar, mostrar, ajustar — disse Cleber Xavier.
Camisas 9 em branco
Contratados com grande expectativa para reforçar o setor ofensivo, Tiquinho Soares e Deivid Washington vivem um momento complicado no Santos. Ambos atravessam um jejum de gols que já ultrapassa um mês.
Tiquinho, atacante de 34 anos, não balança as redes desde o dia 20 de abril, quando marcou na derrota por 2 a 1 para o São Paulo, no Morumbis, pela 5ª rodada do Brasileirão. De lá para cá, o camisa 9 entrou em campo nove vezes, incluindo um amistoso, mas segue em branco.
Deivid Washington também tem números discretos. Seu único gol no Brasileirão saiu na partida contra o Red Bull Bragantino, no dia 27 de abril, na Vila Belmiro, pela 6ª rodada. Desde então, o jovem atacante participou de oito partidas com zero gols.
A falta de gols, inclusive, levou o técnico Cleber Xavier a apostar em uma formação diferente para o jogo contra o Botafogo. Ele escalou Guilherme, Neymar, Barreal e Rollheiser no setor ofensivo, sem a presença de um centroavante de ofício.
— Ter o Rollheiser e Neymar por dentro, com Barreal e Guilherme abertos. Usaríamos Tiquinho e Deivid, mas não vi necessidade. Gostei da equipe do jeito que ela jogou. Infelizmente, não veio a vitória — comenta o treinador.

Números do setor ofensivo do Santos no Brasileirão
O desempenho ofensivo do Santos no Campeonato Brasileiro acende o sinal de alerta. Em 11 jogos, o time marcou apenas oito gols — média baixa, que faz do Peixe o segundo pior ataque da competição, à frente apenas do Sport, que balançou as redes cinco vezes. A dificuldade em transformar as jogadas em gols é evidente: a equipe tem apenas 6% de aproveitamento nas finalizações, com 12,7 chutes por jogo, mas apenas 2,6 deles na direção do gol.
Apesar de criar oportunidades — foram 15 grandes chances no campeonato —, o aproveitamento também preocupa. Só 40% dessas chances foram convertidas, enquanto outras nove foram desperdiçadas. A posse de bola média é de 48,2%, com 318 passes certos por jogo e índice de acerto de 83%, números que mostram um time que até tenta controlar o jogo, mas sem eficiência no terço final. Os números são do Sofascore.
A dificuldade em balançar as redes tem sido um dos principais desafios do técnico Cleber Xavier na busca por soluções. O sistema ofensivo ainda não engrenou, e os números refletem um time que finaliza muito, mas com pouca efetividade.
O que vem por aí para o Santos?
Com o resultado, o Santos estaciona na 18ª colocação com apenas 11 pontos, duas vitórias, dois empates e sete derrotas. A equipe volta a campo no dia 12, fora de casa, contra o Fortaleza, a última antes da parada para o Mundial.
— Sim, entendo (sequência o time pode crescer). Acho que tenho qualidade de trabalho com a minha comissão, parte física, técnica. Agora, temos Soteldo e Aderlan, que dão condições, todo grupo à disposição. Vamos trabalhar para isso, mais uma vez para buscar a vitória fora, conseguimos contra o Vitória. Hoje ficamos mais perto da vitória e acabamos perdendo no final — disse Cleber Xavier ao término da derrota para o Botafogo.
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