Palmeiras inova com tecnologia para recuperação mental dos jogadores

Com mais uma inovação em seu trabalho, Verdão tem buscado ser vanguarda no uso da ciência em benefício do esporte

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Jogadores do Palmeiras têm recebido estímulos elétricos no cérebro para ajudar na recuperação (Foto: Reprodução/TV Palmeiras)

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O Palmeiras segue inovando em seu trabalho na Academia de Futebol e apresentou mais uma novidade científica utilizada no dia a dia dos jogadores. Em vídeo publicado em seu canal oficial no YouTube, o clube mostrou a estimulação transcraniana, que são estímulos elétricos no cérebro que auxiliam a recuperação dos atletas, que têm aderido ao novo aparelho.

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A psicóloga do Verdão, Gisele Silva, explicou o porquê da implantação dessa novidade nesta temporada. Para a profissional, é possível traçar um perfil de cada jogador e trabalhar com eles de forma específica, de olho no bem estar psicológico e na melhora do desempenho esportivo.

- Nas temporadas passadas, a nossa forma de avaliação do atleta era bastante focada na percepção subjetiva. Como ele se sentia, como ele percebia alguns fatores como por exemplo níveis de estresse, de ansiedade, estados de humor. A partir desta temporada nós optamos por nos apoiar em alguns softwares da neuroengenharia baseados em inteligência artificial, que nos ajudaram a compreender os fatores neuropsicofisiológicos. Diante desses resultados a nossa ideia é entender e traçar um perfil desse atleta, construir um protocolo que possa ser totalmente personalizado, ou seja, de acordo com as demandas específicas de cada um. Com isso construir uma intervenção que possa favorecer um bem estar psicológico, uma melhora da recuperação física, e consequentemente uma melhora do desempenho esportivo.

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Já a Consultora em Neurociência, Luciane Moscaleski, contou o que é essa novidade, como será aplicada e qual é o objetivo de sua utilização. Nas imagens divulgadas pelo clube, os jogadores aparecem utilizando toucas nas quais são feitos os estímulos elétricos para o cérebro.

- Neste ano o clube veio com uma nova proposta somada com as outras metodologias, que é a estimulação transcraniana. O que é a estimulação transcraniana? São estímulos elétricos cerebrais. O que a gente visa com isso? Auxiliar na recuperação do atleta. Qual é a função dessa touca que vocês viram nas imagens? Que ela ative a rede cerebral, a rede de neurônios, que é responsável pela recuperação física e mental. Então o objetivo é utilizar estímulos elétricos cerebrais, como se fosse um choquinho elétrico no cérebro, auxiliando esses neurônios, que são responsáveis pela recuperação física e mental.

Quem também falou da inovação tecnológica foi Daniel Gonçalves, coordenador científico do Palmeiras. Segundo Daniel, a ideia veio a partir de conversas com diversos setores do clube, que entenderam a necessidade de investimento em ações de vanguarda nos quesitos mentais dos atletas. Até aqui, os resultados têm sido satisfatórios e agradado aos atletas.

- Em conversas com diversos setores, inclusive a comissão técnica, com a gerência do Cícero, a gente percebe que o futebol moderno tem três grandes competências: técnico-tática, física-fisiológica e mental-emocional. Diante de um calendário tão congestionado, diante de uma sucessão de jogos, de jogos de alta exigência, ao longo das últimas temporadas, a gente percebeu em 2022 que a gente deveria ter novas ações de vanguarda nos quesitos cognitivos, emocionais, mentais e a partir dali, o Palmeiras sempre incentivando ações de inovações tecnológicas, de vanguarda científica, a gente buscou, por meio da neurociência, atitudes que pudessem balizar esse nosso método.

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- Então a partir dali a gente passou a exercer algumas ações, visando principalmente essas questões mentais e os resultados são os melhores possíveis. A gente tem percebido melhora nos dados de questionários, melhora nos dados bioquímicos, as métricas nas partidas se mantiveram ou melhoraram em relação ao período em que a gente não fazia e o principal é a aderência dos atletas. Eles têm se mostrado bastante imbuídos, bastante satisfeitos em relação ao que se tem apresentado em termos de recuperação para eles no dia a dia - concluiu Daniel Gonçalves.

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