Justiça suspende ação de execução que o Palmeiras moveu contra a WTorre

Empresa tinha prazo até esta quarta-feira (21) para pagar dívida, mas Tribunal alega precisar mais tempo para analisar o caso

Torcida do Palmeiras - Allianz Parque
Palmeiras cobra uma dívida de R$ 128 milhões da WTorre por repasses do Allianz Parque (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

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A briga entre Palmeiras e WTorre ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (21). Isso porque a Justiça suspendeu a ação de execução que o clube moveu contra a empresa para receber os quase R$ 128 milhões devidos em relação aos repasses de receitas do Allianz Parque. O Tribunal alega que precisa de mais tempo para analisar a questão e entender o que já foi resolvido na Arbitragem.

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Na última semana, a gestora do estádio foi notificada a quitar os valores devidos ao Verdão e recebeu um prazo de três dias úteis para responder à ordem, que venceria nesta quarta-feira, sob o risco de penhora de bens. No entanto, antes disso, a própria Justiça acabou suspendendo a ação acatando a um pedido da Real Arenas de que o tema corre na Câmara de Arbitragem.

Em nota enviada à reportagem, a WTorre confirma a suspensão da ação e volta a afirmar que a questão deve ser tratada na Arbitragem.

"A Justiça suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre. Os termos da decisão seguem em sigilo de Justiça. A empresa reafirma que os temas comerciais referentes aos créditos e débitos de ambas as partes seguem em discussão de arbitragem, que é a esfera adequada de acordo com a escritura que rege a relação comercial entre as partes", diz o texto fornecido pela assessoria de imprensa.

O Palmeiras informou ao Lance! que ainda não foi notificado sobre a decisão na Justiça. Para o clube, o tema não entra na Arbitragem por ser uma dívida confessa pela empresa. Além disso, o Alviverde alega que tem respaldo jurídico de que não está trabalhando em um esfera errada, como afirma a WTorre. Com a suspensão dessa ação, o Alviverde ainda pode fazer um novo pedido para analisar o caso enquanto o Tribunal usa os 60 dias para entender o anterior.

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Segundo o contrato selado entre o Verdão e a WTorre, o clube tem direito a receber percentuais que crescem gradativamente ano a ano do acordo de exploração do estádio. Ou seja, parte das receitas referentes a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights devem ser direcionadas aos cofres do Alviverde, algo que não tem acontecido.

A última vez que a WTorre fez o repasse desses valores foi em junho de 2015, há quase oito anos. Foram apenas sete meses em que o acordo foi cumprido: novembro e dezembro de 2014, e entre janeiro e junho de 2015, com exceção do mês de maio. De lá para cá, o Palmeiras nunca mais viu os valores. Em 2017, quando o Alviverde entrou na Justiça, o valor era de R$ 15 milhões. Até março de 2023, a quantia já estava em quase R$ 128 milhões.

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